Ministro Paulo Guedes, durante evento no Palácio do Planalto (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 5 de agosto de 2020 às 11h16.
Última atualização em 5 de agosto de 2020 às 11h43.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que a equipe econômica ainda está redigindo as medidas finais do período de auxílio emergencial, após já ter anunciado a extensão do programa por mais dois meses, levando seu custo total a 254,4 bilhões de reais.
"Ainda há um ou dois meses pela frente de dificuldade pelo menos, mas já estamos voltando", afirmou ele, em referência ao impacto da crise do coronavírus.
A ideia é que o benefício seja prorrogado até dezembro, mas o valor das próximas prestações (setembro, outubro, novembro e dezembro) deve ser menor do que os R$ 600. Ainda não foi batido o martelo, mas uma das opções é pagar R$ 200 nesses meses.
Ao participar de comissão mista da reforma tributária, o ministro pontuou que a reformulação do auxílio será estudada junto com o Congresso, dentro do chamado Renda Brasil:
"Ainda temos pelo menos um, dois meses pela frente de dificuldades", afirmou na audiência.
Sobre a reforma tributária, Guedes disse que o espírito do governo é "completamente construtivo" e de "apoio total" à versão mais ampla de um imposto sobre o consumo, após o envio de proposta pelo Executivo que mira a junção apenas dos tributos federais Pis e Cofins.
"Nosso primeiro passo é exatamente a CBS, contribuição sobre bens e serviços, que é o IVA federal. Isso deverá ser acoplado aos IVAs estaduais formando então o IBS, que é o projeto que está na PEC 45", disse.
Segundo o ministro, haverá reunião nesta tarde de técnicos do Ministério da Economia com secretários de Fazenda para debater o acoplamento do IVA federal com os IVAs estaduais.