Economia

Paulo Guedes diz que renuncia se Previdência virar "reforminha", diz VEJA

"Pego um avião e vou morar lá fora. Já tenho idade para me aposentar", disse o ministro da economia, segundo a reportagem da revista

Guedes: ministro da Economia afirmou que irá renunciar ao cargo se a reforma da Previdência virar uma "reforminha" (Andre Coelho/Bloomberg)

Guedes: ministro da Economia afirmou que irá renunciar ao cargo se a reforma da Previdência virar uma "reforminha" (Andre Coelho/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 24 de maio de 2019 às 08h45.

Última atualização em 24 de maio de 2019 às 11h51.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que irá renunciar ao cargo se a reforma da Previdência pretendida pelo governo virar uma "reforminha", alertando que o Brasil pode quebrar já em 2020, de acordo com entrevista publicada no site VEJA nesta sexta-feira.

"Pego um avião e vou morar lá fora. Já tenho idade para me aposentar", disse ele, segundo a reportagem. "Se não fizermos a reforma, o Brasil pega fogo. Vai ser o caos no setor público, tanto no governo federal como nos Estados e municípios".

"Eu não sou irresponsável. Eu não sou inconsequente. Ah, não aprovou a reforma, vou embora no dia seguinte. Não existe isso. Agora, posso perfeitamente dizer assim: 'Olha, já fiz o que tinha de ter sido feito. Não estou com vontade de ficar, vou dar uns meses, justamente para não criar problemas, mas não dá para permanecer no cargo'. Se só eu quero a reforma, vou embora para casa", disse Guedes na entrevista.

De acordo com a VEJA, Guedes afirmou que o presidente Jair Bolsonaro está totalmente empenhado em aprovar a reforma nos moldes em que o projeto foi enviado pelo governo ao Congresso, com expectativa de economia de até 1,2 trilhão de reais nos próximos dez anos.

Guedes reconhece que há uma margem de negociação, que pode no máximo ir a 800 bilhões de reais, e destacou ainda que a reforma previdenciária não está sendo apresentada apenas para equilibrar as contas públicas, mas que também se propõe a corrigir enormes desigualdades, de acordo com a revista.

O ministro reafirmou sua confiança nas convicções de Bolsonaro, e acredita em uma união política em torno da agenda econômica do governo. "Eu confio na confiança que o presidente tem em mim."

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