Economia

Guedes afirma que resultado do Caged de outubro deve ser positivo

O mercado formal de trabalho deve ter o quarto mês seguido de abertura líquida de vagas em outubro, segundo as estimativas de 22 instituições financeiras

Paulo Guedes: "Tivemos Caged positivo nos últimos meses e amanhã tem mais. É possível que a gente termine o ano perdendo 200 mil ou 300 mil empregos" (Alan Santos/PR/Divulgação)

Paulo Guedes: "Tivemos Caged positivo nos últimos meses e amanhã tem mais. É possível que a gente termine o ano perdendo 200 mil ou 300 mil empregos" (Alan Santos/PR/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de novembro de 2020 às 17h39.

Última atualização em 25 de novembro de 2020 às 18h44.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira 25, que o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro deve ser novamente positivo. A pasta irá divulgar os dados nesta quinta-feira, 26.

"Tivemos Caged positivo nos últimos meses e amanhã tem mais. É possível que a gente termine o ano perdendo 200.000 ou 300.000 empregos. Isso é um quarto do que foi perdido na recessão de 2015 e na recessão de 2016", afirmou, em participação com o presidente Jair Bolsonaro em um encontro com investidores promovido pelo Grupo Voto.

O mercado formal de trabalho deve ter o quarto mês seguido de abertura líquida de vagas em outubro, segundo as estimativas de 22 instituições financeiras consultadas pelo Projeções Broadcast. As previsões, todas positivas, vão de criação de 149.797 a 340.000 postos de trabalho do mês.

A mediana da pesquisa, de 213.329 vagas, representa desaceleração em relação às 313.564 de setembro. Um resultado em linha com o valor intermediário levaria o saldo acumulado em 2020 de fechamento de 558.597 postos em setembro para encerramento de 345.268 vagas em outubro.

Guedes voltou a dizer que o governo brasileiro foi o que mais gastou durante a pandemia e repetiu que isso fez com que a economia brasileira voltasse também com mais velocidade do que a de outros países, incluindo a China. "Nós caímos três meses e nos três meses seguintes já estávamos subindo", completou.

O ministro voltou a reclamar das críticas em relação à passividade do governo — e da equipe econômica — diante dos desafios à frente para a saída da pandemia. "[O resultado do Caged] é uma evidência empírica do trabalho do governo. Agora as narrativas são outras, de que o governo não fez nada, não faz, não tem orientação. Mesmo em meio ao caos, à tragédia e à doença tivemos a capacidade de negociar politicamente que o dinheiro para a saúde não virasse aumento para o funcionalismo", repetiu.

 

Guedes volta a cobrar do Congresso votação das reformas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a cobrar do Congresso Nacional o avanço na tramitação de reformas que já foram enviadas pelo Executivo antes mesmo da pandemia de covid-19.

"As reformas estão lá, vamos avançar. O grande desafio da classe política hoje é não permitir que se perca essa arrancada da economia. É uma recuperação cíclica, forte. Os dados de consumo de energia, diesel, a arrecadação, o emprego — tudo indica isso", afirmou, em participação com o presidente Jair Bolsonaro em um encontro com investidores promovido pelo Grupo Voto. "Já é um fato que Brasil vai crescer 3% ou 4% em 2021 se nós não fizermos besteira. Se fizermos besteira, afunda de novo", completou.

"Contra os fatos não há argumentos. Contra os números não há narrativas que se sustentem. Nós trabalhamos e razoavelmente bem, para não dizer que fomos extraordinários ou excepcionais. O Brasil mostrou resiliência e eu dizia que o Brasil ia surpreender o mundo", repetiu.

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