Guardia: o novo ministro da Fazenda assumiu no lugar de Henrique Meirelles (Gustavo Ranieri/Ministério da Fazenda/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de abril de 2018 às 14h55.
Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), resolver usar a sua conta no Twitter para tentar mostrar unidade na equipe econômica. O senador postou que o novo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, vai assegurar a continuidade da equipe econômica.
Na mensagem, Jucá, que é "padrinho" da indicação do ministro do Planejamento, Esteves Colnago, fez questão de dizer que estava na cerimônia de posse do ministro da Fazenda.
"Equipe que estava sob comando o ministro Henrique Meirelles, que conduziu a economia à volta do crescimento do País", disse ele em outro post.
O novo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, mostrou confiança que o Congresso irá apoiar as medidas necessárias para continuarmos a retomada do crescimento. pic.twitter.com/IbjJolq8RW
— Romero Jucá (@romerojuca) April 11, 2018
Como mostrou na terça o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), a cerimônia de transmissão de cargo do novo ministro do Planejamento, Esteves Colnago, foi marcada pelo mal-estar provocado pela ausência do novo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e do primeiro escalão do "dream team", como ficou conhecido a equipe montada pelo ex-ministro Henrique Meirelles.
A chateação foi tanta que Colnago foi aconselhado por assessores a não ir nesta quarta na transmissão de cargo de Guardia, mas o ministro resolver comparecer.
O constrangimento com a ausência do reflexo do estranhamento do corpo técnico dos dois ministérios, que marcou o período de negociação da nova equipe econômica com a saída de Meirelles do cargo para se candidatar nas próximas eleições.
Há também uma preocupação com o risco de falta de apoio do Palácio do Planalto à equipe econômica à continuidade do ajuste fiscal e à privatização da Eletrobras com a ida de Moreira Franco para o Ministério de Minas e Energia (MME).
Segundo uma fonte da equipe econômica, a saída de Paulo Pedrosa da secretaria-executiva do MME prejudica muito o processo, porque toda a agenda do setor elétrico dependia muito dele.
Ele era a pessoa que negociava com o Congresso Nacional, ao Tribunal de Contas da União (TCU) e fazia a ponte com os ministérios da Fazenda e do Planejamento.