Economia

Guardia: Temos que trabalhar em condições para processo de queda de juros

Segundo ministro, caso processo de realização de reformas, sobretudo as fiscais, seja paralisado, país corre o risco de retrocesso de conquistas

Eduardo Guardia: "O que podemos dizer é que a economia passou por processo de ajuste, com resgate da confiança" (Adriano Machado/Reuters)

Eduardo Guardia: "O que podemos dizer é que a economia passou por processo de ajuste, com resgate da confiança" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2018 às 18h25.

Última atualização em 19 de abril de 2018 às 21h03.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou que "a responsabilidade de redução de juros é do Banco Central" e que o governo trabalha para viabilizar as condições para que o BC continue no processo de queda da Selic. "Neste sentido, precisamos avançar nas reformas, ter situação fiscal equilibrada e elevar produtividade", apontou.

Segundo o ministro, caso o processo de realização de reformas, sobretudo as fiscais, seja paralisado, o País corre o risco de retrocesso de conquistas como a volta do crescimento do PIB, depois de profunda recessão. "Mas o nível de atividade está em expansão, o crescimento não é isolado. Essa é notícia boa."

O ministro também destacou que o regime de câmbio no Brasil é flutuante e que não pode antecipar a tendência deste preço relativo. "O que podemos dizer é que a economia passou por processo de ajuste, com resgate da confiança."

Guardia ressaltou que, no seu primeiro dia nos encontros do Fundo Monetário Internacional (FMI), participou de algumas reuniões, como uma envolvendo autoridades do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que formam o acrônimo BRICS, na qual foram tratados temas de cooperação em Parceiras Público-Privadas (PPPs) e gestão dos bancos centrais.

"Também tivemos uma reunião com ministros da Fazenda de vários países, incluindo EUA, sobre a Venezuela", disse o ministro. "Há preocupação de todos os países com a questão humanitária na Venezuela, que hoje tem o maior fluxo migratório do mundo. Precisamos continuar a monitorar a situação do País."

Ele fez os comentários para jornalistas em meio à sua jornada de reuniões no encontro do FMI, em Washington.

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