Economia

Grupo bipartidário será proposto nos EUA contra paralisação

Republicanos dos EUA, reunidos para traçar estratégia que acabe com a paralisação parcial da administração, irão propor criação de comissão bipartidária


	Vista geral da Casa Branca: republicanos irão propor a criação de uma comissão bipartidária para tentar chegar a um acordo
 (Yuri Gripas/Reuters)

Vista geral da Casa Branca: republicanos irão propor a criação de uma comissão bipartidária para tentar chegar a um acordo (Yuri Gripas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 14h00.

Washington - Os republicanos da câmara baixa dos EUA, reunidos nesta terça-feira em Washington para traçar uma estratégia que acabe com a paralisação parcial da administração e eleve o teto da dívida, irão propor a criação de uma comissão bipartidária para tentar chegar a um acordo em ambos os aspectos.

Segundo o jornal político "Roll Call", que cita fontes da direção do Partido Republicano, os conservadores apresentarão um projeto bicameral similar ao "supercomitê" que foi criado em 2011 para redigir um plano que reduzisse o déficit americano.

A proposta poderia ser votada hoje mesmo na câmara baixa junto a um projeto de lei destinado a pagar os empregados considerados "essenciais" que seguem trabalhando para o Governo federal apesar da falta de fundos.

Os democratas do Senado deverão considerar se aceitam as duas propostas ou se continuam defendendo sua postura de aprovar uma lei de financiamento temporário global sem condições políticas acrescentadas.

Na saída dessa reunião, o presidente da câmara, John Boehner, voltou a solicitar ao presidente Barack Obama que abra uma negociação para a redução do déficit com o objetivo de desbloquear o fechamento parcial e afirmou que se trataria de um "debate aberto". Os republicanos saíram da reunião insistindo que deve haver uma redução do déficit como condição para elevar o limite da dívida, que será alcançado em 17 de outubro, e evitar portanto que o país caia em moratória.

A situação de paralisação da Administração ocorreu pela falta de acordo no Congresso para aprovar uma lei de financiamento temporário do Governo antes de 1 de outubro, dia em que começou o novo ano fiscal.

Os republicanos, fundamentalmente sua ala mais conservadora, o Tea Party, queriam condicionar esse financiamento para o atrasar da aplicação ou deixar sem fundos a reforma da saúde promulgada em 2010 e considerada uma das maiores conquistas do mandato de Obama.

O presidente americano reiterou nesta segunda-feira que está disposto a negociar sobre qualquer aspecto do orçamento federal com os republicanos, mas não sob a ameaça da moratória e assim que a Administração foi reaberta.

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