Economia

Grifes de luxo reagem à crise

Por AE São Paulo - Assim que o banco americano Lehman Brothers quebrou, as consultorias internacionais foram categóricas ao sentenciar o fim da farra do luxo. De fato, num primeiro momento quem perdeu dinheiro com o mercado financeiro cortou despesas, a começar pelos supérfluos. Passados 14 meses, algumas grandes grifes ainda tentam encontrar o rumo […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2009 às 09h49.

Por AE

São Paulo - Assim que o banco americano Lehman Brothers quebrou, as consultorias internacionais foram categóricas ao sentenciar o fim da farra do luxo. De fato, num primeiro momento quem perdeu dinheiro com o mercado financeiro cortou despesas, a começar pelos supérfluos. Passados 14 meses, algumas grandes grifes ainda tentam encontrar o rumo da retomada das vendas. Uma parte viu o lucro encolher trimestre a trimestre e passou por um enxugamento da operação. E, nesse cenário, o Brasil e a China se consolidaram entre as apostas para as marcas de luxo. No País, as vendas estancaram em boa parte das lojas das grifes internacionais de primeira linha entre outubro e novembro de 2008. Agora, há quem estime que as vendas de Natal sejam melhores que as de 2007 - ano pré-crise.

Há duas semanas, André Piedade abriu a segunda loja da Seven, grife californiana de jeans, na Villa Daslu. A primeira foi inaugurada em outubro de 2008 no Shopping Iguatemi, um mês depois do estouro da crise. As calças da marca custam de R$ 800 a R$ 2 mil. E, apesar do preço, vendem bem. "O mercado brasileiro não foi afetado, tanto que abrimos essa loja agora e vamos inaugurar a terceira no Rio no início do ano. A recuperação foi muito rápida", diz o empresário.

A francesa Véronique Clavarie, responsável pela operação da Cartier no Brasil, também está animada com o interesse da clientela. No entanto, por causa da retração que obrigou a matriz a apertar o cinto, ela teve de fazer alguns ajustes na subsidiária. Uma delas foi reduzir as verbas para eventos. "Agora selecionamos com muito mais cuidado onde vamos gastar", diz Véronique.

Se no passado a empresa fazia festas em que facilmente se gastava R$ 300 mil, agora optou por eventos menores, como um chá da tarde para um grupo de amigas ou, como aconteceu recentemente, uma festa para 300 colecionadores de relógios com o objetivo de apresentar uma linha de produtos vendidos por até R$ 240 mil. A operação brasileira, juntamente com a chinesa e do Oriente Médio, são as únicas com crescimento, segundo a representante da Cartier. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

“Se tiver problema de cálculo, voltamos para a planilha”, diz Haddad, sobre possíveis novos cortes

China quase triplica produção de automóveis em 14 anos e reorganiza mapa de fabricação no mundo

Pacheco reitera apoio ao pacote de gastos e diz ser "início de jornada de responsabilidade fiscal"

Setor público tem superávit de R$ 36,9 bi em outubro, mas dívida cresce para 78,6% do PIB