Nova York - O juiz americano Thomas Griesa convocou nesta quinta-feira uma nova audiência, que será realizada às 11h local (12h, em Brasília) de sexta-feira, na qual abordará o caso entre Argentina e os fundos especulativos, a primeira após a declaração de moratória seletiva, informou o tribunal do distrito sul de Nova York.

Griesa convocou as partes depois que tanto o mediador, Daniel Pollack, como a Argentina, através de seu ministro da Economia, Axel Kicillof, mostraram vontade de seguir negociando apesar de ter esgotado o tempo para evitar o "default" (calote).

Além disso, Griesa precisa responder a diferentes moções de esclarecimento por parte dos credores europeus e entidades financeiras sobre as quais reservou a decisão na última audiência, que aconteceu em 22 de julho, assim como uma moção dos credores europeus que pedem a reposição da medida cautelar.

Hoje, o Bank of New York Mellon (Bony), que tem em sua conta do Banco Central da República os US$ 539 milhões que provocaram a qualificação de "moratória seletiva" por parte da Stantard & Poor"s, comunicou aos credores que o dinheiro continuaria lá até que Griesa emita uma ordem a respeito.

Neste litígio entre Argentina e os fundos especulativos, liderados por NML Capital e Aurelius Capital, há uma sentença pela qual o país sul-americano deve abonar os solicitantes em US$ 1,5 bilhão por seus bônus de dívida adquirida antes de 2001 e não submetida a nenhuma remissão de dívida. Esta quantia inclui os juros.