Indústria: após primeiro trimestre fraco, a indústria começou o segundo trimestre no azul, com produção crescendo 0,8% em abril ante março (Thinkstock/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de junho de 2018 às 16h23.
Última atualização em 5 de junho de 2018 às 16h28.
Rio - A greve dos caminhoneiros evidentemente terá algum reflexo negativo sobre os dados da indústria brasileira referentes ao mês de maio, mas ainda não é possível precisar o tamanho do prejuízo, avaliou André Macedo, gerente na Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Tudo aquilo de atrapalha o processo de produção vai trazer reflexo para a produção. Pode ter faltado matéria-prima para a produção final, pode ter faltado alimentação de funcionários. Pegou (o período de greve) um terço do mês. Trás algum tipo de influência negativa para o resultado, é evidente, mas para saber o tipo de influência a gente vai ter que aguardar os resultados", contou Macedo. "Se vai ter reflexo maior ou menor, não sei dizer".
Após um primeiro trimestre fraco, a indústria começou o segundo trimestre no azul. A produção cresceu 0,8% em abril ante março. Segundo Macedo, a greve pode trazer um reflexo negativo para o resultado da indústria do segundo trimestre do ano.
"A gente sabe que vai ter algum reflexo negativo, mas o quanto, a gente vai ter que esperar. Não tem como mensurar isso nesse momento. (A paralisação) Traz problemas para o ritmo de produção. Claro que tem setores que vão ser mais atingidos, que vão ter resultados negativos mais importantes", disse ele.
Macedo ressaltou, porém, que a greve é um movimento pontual, o que teoricamente só atrapalharia a produção do mês em que ocorreu.
"Se você tem uma indústria caminhando num ritmo normal, teoricamente ela voltaria à normalidade no próximo mês. Mas a gente tem que aguardar", ponderou o pesquisador.