Economia

Greve e incerteza política impactam carga de energia em maio, diz ONS

Carga, que representa a soma do consumo de eletricidade com as perdas na rede, havia subido em março e abril, mas avançou 0,1% em maio na comparação anual

Eletricidade: carga de energia do sistema brasileiro no acumulado em 12 meses tem alta de 1,3% na comparação com o período de junho de 2016 a maio de 2017 (Paulo Santos/Reuters)

Eletricidade: carga de energia do sistema brasileiro no acumulado em 12 meses tem alta de 1,3% na comparação com o período de junho de 2016 a maio de 2017 (Paulo Santos/Reuters)

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Reuters

Publicado em 15 de junho de 2018 às 15h48.

São Paulo - Um movimento de elevação gradual na carga de energia do Brasil que sinalizava retomada da atividade econômica foi interrompido em maio, em meio a impactos de uma greve de caminhoneiros sobre a demanda e com incertezas políticas e econômicas, apontou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em boletim nesta sexta-feira.

A carga, que representa a soma do consumo de eletricidade com as perdas na rede, havia subido em março e abril após cair em fevereiro, devido ao Carnaval, mas avançou apenas 0,1 por cento em maio ante o mesmo mês do ano passado.

"O comportamento da carga do sistema, que vinha apresentando sinais de crescimento em decorrência da retomada da economia, teve seu desempenho impactado pelo cenário do mercado externo e pelas incertezas econômicas e políticas", afirmou o ONS, ressaltando também os efeitos da paralisação de caminhoneiros nas últimas duas semanas do mês.

No Sudeste/Centro-Oeste, que concentra a maior parte da demanda, a carga avançou 1 por cento na comparação anual, ajudada ainda por fatores não econômicos, que contribuíram positivamente com 0,5 por cento para a variação.

A paralisação dos caminhoneiros "influenciou fortemente" o consumo na região, que caiu 5,7 por cento frente a abril, destacou o ONS.

Em meio aos dias de maior impacto da greve, que gerou desabastecimento em diversas indústrias, o consumo de eletricidade no país chegou a ficar quase 7 por cento inferior ao previsto inicialmente pelo ONS, conforme publicado pela Reuters no final de maio.

No acumulado dos últimos 12 meses, a carga de energia do sistema brasileiro apresenta alta de 1,3 por cento na comparação com o período de junho de 2016 a maio de 2017.

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