Economia

Greve contra cortes pode paralisar hoje região de Atenas

A paralisação de 24 horas deve afetar o transporte marítimo e urbano na região de Ática, que liga a capital, Atenas, aos arredores da Grécia

Os principais sindicatos e associações patronais estão se reunindo nesta semana para abordar a redução dos custos trabalhistas não salariais
 (Louisa Gouliamaki/AFP)

Os principais sindicatos e associações patronais estão se reunindo nesta semana para abordar a redução dos custos trabalhistas não salariais (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2012 às 07h46.

Atenas - Uma greve de 24 horas contra os cortes e as medidas de austeridade na Grécia pode paralisar nesta terça-feira parcialmente o transporte marítimo e urbano na região de Ática, que liga a capital, Atenas, aos arredores.

'Abaixo ao Governo que aumenta impostos! Fora a Troika da Grécia! Eleições imediatas!' são os lemas usados pelo sindicato comunista PAME na convocação do protesto, ao qual também se somou depois o sindicato GSEE, majoritário entre os trabalhadores do setor privado.

Duas das principais linhas do metrô da capital permanecerão fechadas durante todo o dia, enquanto uma terceira só funcionará no início e no fim do dia, da mesma forma que os ônibus, bondes e trens suburbanos.

Como informou à Agência Efe o escritório da imprensa do aeroporto de Atenas, nenhum voo será afetado, porque os empregados das companhias aéreas e os controladores não aderiram à greve, embora os passageiros possam enfrentar problemas para chegar ao aeroporto.

A greve terá maior incidência no setor marítimo. Nenhum navio de passageiros poderá partir dos portos de Ática (Pireo, Rafina e Lavrio).

Participam da paralisação ainda professores e equipes de saúde, além de advogados, que protestam pela liberalização da profissão, e jornalistas, dois setores que prolongarão a greve por 48 horas.

Os principais sindicatos e associações patronais estão se reunindo nesta semana para abordar a redução dos custos trabalhistas não salariais.

Este debate começou depois que a troika, formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE), criticasse em dezembro o acordo do verão passado (no hemisfério norte) para manter o poder aquisitivo nos próximos três anos e exigisse redução do salário mínimo.

O Governo grego aceitou a manter o salário mínimo, mas na segunda-feira avisou que se o pacto entre a patronal e os sindicatos não for convincente, o Executivo fará a própria reforma trabalhista. 

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