Economia

Greve: comércio baiano pode ter prejuízo de R$ 400 milhões

Segundo a CNDL, o prejuízo é grande porque a greve ocorreu no início do mês, período em que se concentra o faturamento do comércio

Manifestantes protestam sobre a continuidade da greve: o presidente da CNDL ressaltou que a greve pode ter efeitos negativos sobre o carnaval (Marcello Casal Jr/ABr)

Manifestantes protestam sobre a continuidade da greve: o presidente da CNDL ressaltou que a greve pode ter efeitos negativos sobre o carnaval (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 13h01.

Brasília - A greve dos policiais militares baianos causou um prejuízo de R$ 400 milhões para o comércio local, até o momento. O impacto da greve foi ainda maior por começar no início do mês, período em que, de acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizaro Junior, contabilizam-se mais da metade do faturamento mensal das lojas.

“A CNDL de Salvador estima um prejuízo de R$ 400 milhões para o comércio [local], devido ao fechamento de lojas em consequência da greve. Esse prejuízo foi ampliado principalmente por ocorrer no início do mês, quando sai a folha de pagamento. Nos dez primeiros dias faturamos tranquilamente mais da metade do que é registrado ao longo de todo o mês”, disse Pellizaro. A pesquisa, disse o dirigente logista, foi feita por amostragem.

Ele considera complicada essa situação de greve para o país. “Ou resolvemos a questão ou, então, que adaptemos a legislação, porque o Brasil vive um momento institucional bastante delicado, com vários segmentos usando o direito de greve em momentos cruciais do dia a dia.”

O presidente da CNDL ressaltou que a greve pode ter efeitos negativos sobre o carnaval. “Os PMs baianos escolhem a época do carnaval. Isso certamente vai gerar questionamentos no exterior sobre o risco de essa estratégia ser adotada também na época da Copa ou das Olimpíadas. Enfim, por mais justa que sejam as reivindicações, esses meios utilizados são questionáveis.”

Os militares desocuparam hoje (9) a Assembleia Legislativa do estado, mas discutem os rumos da paralisação, que ocorre desde o dia 31 de janeiro.

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