Economia

Gregos exigem fim da "pilhagem" de credores

Mais recente de uma série de negociações terminou depois que a Comissão Europeia mais uma vez descartou propostas do lado grego em Bruxelas no fim de semana

O premier grego, Alexis Tsipras: governo grego afirmou que "sérias divergências" entre a UE e o FMI impedem um acordo entre a Grécia e os credores (Louisa Gouliamaki/AFP)

O premier grego, Alexis Tsipras: governo grego afirmou que "sérias divergências" entre a UE e o FMI impedem um acordo entre a Grécia e os credores (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2015 às 09h48.

Atenas - O governo grego manteve as exigências nesta segunda-feira de que seus credores proponham termos menos duros para um acordo de reformas em troca de recursos após as negociações terem falhado, deixando Atenas um pouco mais perto do default que pode tirá-la da zona do euro.

A mais recente de uma série de negociações terminou depois que a Comissão Europeia mais uma vez descartou propostas do lado grego em Bruxelas no fim de semana.

Credores disseram que Atenas falhou em oferecer qualquer coisa nova para garantir recursos a fim de pagar 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) no final de junho.

Após o que chamou de última tentativa de solução, a Comissão disse que os ministros de Finanças da zona do euro vão lidar com a questão quando se reunirem na quinta-feira.

Saturada com anos de austeridade, Atenas tem recusado as exigências para elevar impostos e cortar aposentadorias para reduzir seu déficit fiscal.

Em suas primeiras declarações públicas desde que as negociações falharam, o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, disse nesta segunda-feira que a Grécia vai aguardar que seus credores se tornem mais realistas e os acusou de fazer exigências nada razoáveis por fins políticos.

"Só se pode ver uma intenção política na insistência dos credores em novos cortes de aposentadorias após cinco anos de pilhagem sob os resgates", disse Tsipras em comunicado ao jornal grego Ton Syntakton.

"Vamos aguardar pacientemente até que as instituições alcancem o realismo", disse ele. "Não temos o direito de enterrar a democracia europeia no lugar onde ela nasceu."

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