Economia

Greesnpan alerta sobre possível novo impasse nos EUA

reenspan disse que nunca viu uma situação em Washington na qual um compromisso parecesse tão distante


	Alan Greenspan: ex-presidente do Fed falou sobre a zona do euro e criticou aqueles que acreditam que a crise econômica do bloco acabou
 (AFP/Chip Somodevilla)

Alan Greenspan: ex-presidente do Fed falou sobre a zona do euro e criticou aqueles que acreditam que a crise econômica do bloco acabou (AFP/Chip Somodevilla)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2013 às 10h36.

São Paulo - O ex-presidente do Federal Reserve Alan Greenspan afirmou que uma repetição da crise que levou o governo dos EUA para perto de um default é "perfeitamente concebível".

Em entrevista à rede BBC, Greenspan disse que nunca viu uma situação em Washington na qual um compromisso parecesse tão distante.

Durante a entrevista, Greenspan defendeu seu histórico no Fed das críticas de que as políticas de crédito fácil e regulamentação frouxa contribuíram substancialmente para a crise financeira de 2008.

"Uma coisa que me chocou foi que não apenas o modelo altamente sofisticado do Fed ignorou completamente o 15 de setembro de 2008, mas também o FMI, o JPMorgan", afirmou, acrescentando que existem diferenças entre prever bolhas econômicas e prever quando elas podem estourar.

Greenspan, que agora administra uma consultoria, criticou o "capitalismo camarada" existente nos EUA. "O capitalismo camarada é essencialmente uma condição na qual autoridades públicas fazem favores às pessoas do setor privado em troca de favores políticos", disse. Isso prevalecia na China e na Rússia, comentou, mas não era comum nos EUA ou no Reino Unido. "Estou começando a me preocupar de estarmos indo nessa direção."

O ex-presidente do Fed também falou sobre a zona do euro e criticou aqueles que acreditam que a crise econômica do bloco acabou. Segundo ele, a crise provavelmente vai continuar até que a zona do euro tenha uma consolidação política.

"A cultura da Grécia não é igual à cultura da Alemanha e transformá-las em uma unidade é extremamente difícil", disse. "A única forma de fazer isso é com uma união política", argumentou.

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