Economia

Grécia terá novas eleições se acordo internacional falhar

A Grécia só solicitaria a prorrogação do programa de ajuda financeira em troca do congelamento das decisões unilaterais sobre salários, pensões e privatizações


	A Grécia só solicitaria a prorrogação do programa de ajuda financeira em troca do congelamento das decisões unilaterais sobre salários, pensões e privatizações
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A Grécia só solicitaria a prorrogação do programa de ajuda financeira em troca do congelamento das decisões unilaterais sobre salários, pensões e privatizações (unkas_photo/ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2015 às 15h42.

Bruxelas - O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, está preparado para chamar novas eleições nacionais se as negociações com os credores internacionais falharem, de acordo com fontes ouvidas pelo Market News International (MNI).

A Grécia só solicitaria uma prorrogação do programa de ajuda financeira em troca de um congelamento das decisões unilaterais sobre salários, pensões e privatizações durante um período de quatro a seis meses, o que permitiria ao país apresentar uma contraproposta detalhada para a Comissão Europeia, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE).

Tsipras deve concordar com este acordo até o final da semana, segundo as fontes, se o Eurogrupo abrir mão de sua exigência de uma extensão por seis meses do acordo de resgate atual.

Uma autoridade do Eurogrupo, porém, destacou que a maior parte dos países da zona do euro não quer alterar sua postura, o que tornaria um acordo até sexta-feira algo difícil de ser alcançado.

A possibilidade de novas eleições da Grécia surgem um dia após o fracasso de mais uma rodada de negociações entre a Grécia e seus credores europeus, que terminou com uma onda de acusações de intromissões no negócio acordado entre Tsipras e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

O ministro de Finanças grego, Yiannis Varoufakis, disse a repórteres ontem que estava pronto para assinar um acordo desenhado pela Comissão Europeia que, segundo fonte consultada pela MNI, incluía uma proposta de extensão do atual acordo de empréstimo por um período de dois a seis meses, a substituição das atuais medidas de ajuste fiscal por novos com igual valor e o uso da flexibilidade que o Pacto de Crescimento e Estabilidade da União Europeia permite.

O acordo apresentado na reunião pelo presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, entretanto, não era aquele que havia sido discutido, segundo Varoufakis. De acordo com fonte ouvida pelo MNI, em uma reunião a portas fechadas entre Juncker, Dijsselbloem e o presidente do BCE, Mario Draghi, foi realizada antes do encontro do Eurogrupo.

Nesta reunião, Juncker teria apresentado a proposta da Comissão Europeia e feito três ligações a Tsipras, que teria concordado verbalmente com os termos apresentados.

O texto apresentado na reunião do Eurogrupo, porém, teria sido substituído por outro, o qual o governo grego não teria conhecimento. Fonte: Market News International

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