Economia

Grécia se compromete a cumprir o prazo do FMI de 9 de abril

Há três semanas, um boato, alimentado por uma carta do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, sugeria que Atenas não seria capaz de honrar a data limite

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional Christine Lagarde durante coletiva de imprensa, em Berlim (Tobias Schwarz/AFP)

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional Christine Lagarde durante coletiva de imprensa, em Berlim (Tobias Schwarz/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2015 às 09h09.

Washington - A Grécia se comprometeu a pagar 460 milhões de euros que deve ao Fundo Monetário Internacional até o dia 9 de abril, anunciou Christine Lagarde, a diretora-gerente do FMI, ao fim de uma reunião em Washington com o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis.

"Estamos convencidos de que a incerteza não é do interesse da Grécia e saúdo a confirmação por parte do ministro de que os pagamentos ao Fundo serão efetuados no dia 9 de abril", afirma Lagarde em um comunicado.

"O ministro Varoufakis e eu trocamos nossos pontos de vista sobre a evolução dos acontecimentos atuais e acreditamos que uma cooperação eficaz é do interesse de todos", completou.

Há três semanas, um boato - alimentado por uma carta alarmista do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras à chanceler alemã Angela Merkel em 15 de março, com a advertência de que o país poderia não cumprir os próximos pagamentos da dívida - sugeria que Atenas não seria capaz de honrar a data limite de 9 de abril.

E declarar um default poderia ter consequências difíceis de calcular, segundo os economistas.

A Grécia não recebeu os fundos restantes dos 240 bilhões de euros do pacote de resgate concedido pela União Europeia e o FMI, ao mesmo tempo que Bruxelas exigiu aprovar primeiro o plano de reformas da Grécia revisado.

As negociações entre Atenas e a UE estão em uma fase difícil.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaDívidas de paísesEuropaFMIGréciaPiigs

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto