Atenas - O Governo da Grécia aprovou neste sábado uma nova redução das pensões de aposentadoria que permitirá economizar 75 milhões de euros; uma das medidas adotadas para completar um corte de despesa total de 3,3 bilhões de euros pactuado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), informou o canal 'MEGA'.

Esta medida representa um rebaixamento de 12% nas quantias acima de 1,3 mil euros mensais de pensão. Além disso, os suplementos de pensões superiores a 200 euros mensais serão reduzidos entre 10% e 20%.

Antes de começar a reunião do Conselho de Ministros, o chefe do governo grego, Lucas Papademos, insistiu que todas as medidas estipuladas com o FMI e a UE devem ser aplicadas nas próximas três semanas.

Em relação ao novo corte das pensões, o primeiro-ministro explicou que é necessário para reduzir de forma permanente o déficit público, segundo um comunicado distribuído à imprensa.

'A redução das pensões é menos grave do que parece'. disse Papademos, exemplificando que um aposentado que até agora recebia 1,5 mil euros perderá apenas 24 euros por mês.

O corte começará a vigorar a partir do mês de maio e será aplicado retroativamente desde o primeiro dia de janeiro.

Os 75 milhões de euros fazem parte de uma verba de 325 milhões de euros que faltavam para fechar a soma de 3,3 bilhões reivindicada pela UE e pelo FMI, como uma das condições para aprovar um novo resgate financeiro à Grécia.

O resto do dinheiro sairá da redução em 100 milhões de euros do avultado orçamento de Defesa, do corte de 50 milhões em despesa farmacêutica e da antecipação de outubro para julho da economia de outros 100 milhões do gasto público.

Os ministros de Finanças dos países da zona do euro se reunirão na próxima segunda-feira em Bruxelas para aprovar o empréstimo de 130 bilhões de euros para evitar a quebra da Grécia.