Economia

Grécia necessita de 30 bilhões de euros da UE para crise

Para o jornal alemão "Suddeutsche Zeitung", país não será capaz de financiar seu orçamento em 2015 sem ajuda suplementar


	O envio do dinheiro está condicionado à Grécia cumprir seus compromissos até conseguir se financiar sozinha até 2020
 (Yannis Behrakis/Reuters)

O envio do dinheiro está condicionado à Grécia cumprir seus compromissos até conseguir se financiar sozinha até 2020 (Yannis Behrakis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 06h35.

Berlim - A Grécia necessita de 30 bilhões de euros suplementares para superar sua crise orçamentária, que não serão fornecidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e deverão ser obtidos pelos membros da União Europeia (UE), revelou nesta terça-feira o jornal alemão "Suddeutsche Zeitung".

A publicação afirmou que segundo fontes de Bruxelas, a Grécia não será capaz de financiar seu orçamento em 2015 sem ajuda suplementar nem de refinanciar sua dívida completamente nos mercados financeiros a partir de 2020.

O jornal acrescentou que diplomatas da UE consideram que a Grécia necessita de 'pelo menos dois anos mais' para se recuperar e cumprir seus compromissos para o resgate, o que coloca em dúvida o pagamento da próxima parcela de ajuda da UE e do FMI no valor de 130 bilhões de euro e a permanência do país na zona do euro.

O envio do dinheiro está condicionado à Grécia cumprir seus compromissos até conseguir se financiar sozinha até 2020, caso contrário o FMI suspenderá os pagamentos, conforme estipula seus estatutos.

Nesse caso, serão os parceiros da UE os que deverão assumir sozinhos a responsabilidade do resgate da Grécia, cujo governo reiterou que necessita de mais tempo para cumprir com as exigências impostas ao país.

Fontes do Banco Central Europeu (BCE) citadas pelo jornal afirmam que o buraco financeiro grego tem sua origem no fato do país ter contraído seu segundo pacote de resgate com um déficit de mais de 10 bilhões de euro.

Além disso, é preciso acrescentar que Atenas não aplicou várias medidas previstas, como a reforma de seu sistema fiscal ou a venda de patrimônio público, enquanto o governo de Andonis Samaras pede tempo para cumprir com suas obrigações pelo temor de um aumento ainda maior do desemprego.

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