Economia

Grécia: IIF se diz otimista sobre perdão da dívida

Segundo o Instituto Internacional de Finanças, deve haver um acordo entre o governo grego e os credores privados nas próximas horas

O chefe do governo grego (D), Lucas Papademos, e seu ministro de Finanças, Evangelos Venizelos: a troca de títulos pretende perdoar 107 bilhões da dívida grega (John Thys/AFP)

O chefe do governo grego (D), Lucas Papademos, e seu ministro de Finanças, Evangelos Venizelos: a troca de títulos pretende perdoar 107 bilhões da dívida grega (John Thys/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2012 às 12h42.

Rio de Janeiro - O Instituto Internacional de Finanças (IIF), que representa os principais bancos do mundo, se declarou otimista nesta quinta-feira sobre o êxito do perdão voluntário da dívida da Grécia em mãos de credores privados.

"Deve haver um acordo nas próximas horas", disse o diretor-executivo do IIF, Charles Dallara, à imprensa no Brasil.

Dallara, no entanto, não deu cifras sobre o número de credores que aceitaram participar da operação, que contempla mais de 100 bilhões de euros da dívida do país, alegando que cabe ao governo grego anunciar tais dados.

Esta troca de títulos - a maior reestruturação da dívida de Estado já realizada - pretende perdoar 107 bilhões dos 350 bilhões da dívida pública grega, e sua data limite é quinta-feira às 20H00 GMT (17H00 de Brasília).

A Grécia advertiu que suspenderá a operação de troca caso a taxa de participação seja inferior a 75% da massa de credores privados.

Essa troca é considerada essencial para que a Grécia evite um 'default' descontrolado, já que ela permitirá à Atenas pagar os 14,4 bilhões de euros em obrigações que vencem no dia 20 de março.

A troca concreta dos títulos deve acontecer na segunda-feira para as obrigações de direito grego (177 bilhões, que representa 86% do total) e de 11 de abril para as restantes do direito estrangeiro, segundo o calendário oficial.

Os principais bancos gregos e vários estrangeiros têm se declarado dispostos a trocar seus títulos gregos por outros novos com um valor reduzido em mais da metade.

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