Economia

Grécia fechará ano sem cumprir metas da reforma

Metade das metas em auditoria e arrecadação de impostos não serão cumpridas pelo país em crise


	Bandeiras da União Europeia e Grécia: projeto que impõe tributos mais pesados sobre salários e pensões será votado no mês que vem pelos gregos
 (Oli Scarff/Getty Images)

Bandeiras da União Europeia e Grécia: projeto que impõe tributos mais pesados sobre salários e pensões será votado no mês que vem pelos gregos (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2012 às 16h16.

Atenas - A Grécia não conseguirá cumprir as metas de reforma tributária neste ano e precisa fazer mais para combater evasão fiscal dos mais ricos, segundo o relatório preparado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia.

A Grécia não atingirá cinco de 10 metas estabelecidas para dezembro em relação a auditorias e arrecadação de impostos, diz o relatório, acrescentando que as mudanças para a estruturas legais e métodos de arrecadação dariam um grande impulso às receitas.

"Atrasos consideráveis permanecem nos livros - 53 bilhões de euros (US$ 69,9 bilhões) - dos quais provavelmente entre 15% e 20% poderão ser pagos", aponta o relatório.

Segundo o FMI e a UE, a Grécia poderá aumentar as receitas por meio da implementação de sistemas que deduzem automaticamente o dinheiro devido ao Estado de contas bancárias dos contribuintes.

O relatório é apresentado em um momento no qual a Grécia se prepara para votar no próximo mês um novo projeto de lei tributária prometido há muito tempo para os credores internacionais em um esforço para aumentar as receitas orçamentárias, simplificar o sistema tributário e conter a evasão.

O projeto, que impõe impostos maiores sobre salários e pensões e reduz as categorias de tributação de oito para três, é destinado a gerar mais de 1 bilhão de euros em receita adicional anualmente a partir de 2014 e é parte de um pacote de austeridade de 13,5 bilhões de euros que o Parlamento da Grécia aprovou no início de novembro.

O projeto é visto como uma condição dos parceiros europeus da Grécia para desbloquear uma parcela de socorro necessária, mais a elevada tributação ameaça também aprofundar a brutal recessão do país e desestabilizar sua frágil política. As informações são da Dow Jones.

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