Economia

Grécia apresentará esboço orçamentário duro para 2016

Oficialmente a expectativa é de que o país tenha contração de 2,3 por cento este ano e de 1,3 por cento em 2016


	O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, em Atenas: resgate projeta um déficit orçamentário primário antes do serviço da dívida de 0,25 por cento este ano
 (Louisa Gouliamaki/AFP)

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, em Atenas: resgate projeta um déficit orçamentário primário antes do serviço da dívida de 0,25 por cento este ano (Louisa Gouliamaki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2015 às 08h22.

Atenas - A Grécia apresentará nesta segunda-feira um esboço orçamentário duro para 2016 com o objetivo de satisfazer credores internacionais, projetando que a economia permanecerá em recessão no próximo ano antes de voltar a crescer em 2017, em linha com as estimativas dos credores do país.

Após sete meses de intensas negociações com os credores União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI), Atenas concordou em julho em implementar cortes de gastos e reformas econômicas em troca de um resgate de 86 bilhões de euros que manteve o país na zona do euro sob severa supervisão.

Oficialmente a expectativa é de que o país tenha contração de 2,3 por cento este ano e de 1,3 por cento em 2016. A dívida pública deve subir para 196 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e chegar a 201 por cento em 2016, incluindo novos empréstimos.

"Os principais objetivos do esboço orçamentário não vão diferir das estimativas no resgate", disse uma autoridade do Ministério das Finanças à Reuters.

"Nossa estimativa é de uma recessão mais rasa este ano e isso pode se refletir no orçamento final que será entregue ao Parlamento em novembro, após a primeira revisão do novo programa", disse a autoridade.

O resgate projeta um déficit orçamentário primário antes do serviço da dívida de 0,25 por cento este ano e um superávit de 0,5 por cento em 2016. A Grécia tem que alcançar superávit primário de 3,5 por cento do PIB por ano a partir de 2018 segundo o acordo feito em agosto.

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