Grécia: a Grécia depende de empréstimos internacionais desde 2010 (Matt Cardy/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 21h20.
O governo da Grécia apresentou um novo pacote de reformas que forma demandas pelos credores internacionais no fim desta terça-feira para a ratificação do Parlamento, incluindo medidas que tornariam mais difícil para os sindicatos convocarem greves. Se o projeto de lei for adotado, a Grécia eliminaria o último obstáculo para receber uma parcela do empréstimo de cerca de 5,5 bilhões de euros de seus parceiros europeus.
A Grécia depende de empréstimos internacionais desde 2010. O programa de resgate mais recente está programado para chegar ao fim em agosto e, após ele, o país deveria se financiar por meio de empréstimos diretos dos investidores globais.
O governo grego disse que as reformas propostas devem receber aprovação no Parlamento no dia 15 de janeiro e enfatizou que o projeto de lei não inclui novos cortes de renda, como os que os gregos repetidamente sofreram nos últimos oito anos. "Não há novos encargos, e é por isso que as negociações com os credores foram concluídas tão rapidamente", disse o porta-voz do governo, Dimitris Tzanakopoulos.
Os sindicatos criticaram fortemente as disposições propostas sobre as greves, o que exigiria, pelo menos, uma participação de 50%¨dos sindicalistas para qualquer votação sobre as ações locais.
O limite de votação não se aplicaria a greves regionais. Mais cedo, dezenas de pessoas que participaram de um protesto ligado ao Partido Comunista invadiram o Ministério do Trabalho, onde discutiram com o ministro Efi Achtsioglou. Não houve relatos de feridos e nenhuma prisão foi decretada.
O projeto de lei também reduziria o número de pessoas elegíveis para programas sociais, ligando os pagamentos à renda familiar. Além disso, ele estipula que os leilões futuros de propriedades hipotecadas devem ser realizados online, um requisito destinado a impedir que manifestantes interrompam os leilões.
Fonte: Associated Press.