Congresso dos EUA tem se mostrado firme no seu apoio a novas medidas contra o Irã (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2013 às 11h27.
Washington - Enquanto o debate se intensifica em Washington em relação à primeira aproximação das relações entre o Irã e os Estados Unidos em décadas, poderosas companhias de petróleo estão preferindo usar uma tática pouco comum: o silêncio.
Companhias de petróleo como Exxon Mobil Corp e ConocoPhillips poderiam obter grandes lucros se os EUA afrouxassem as sanções econômicas contra o Irã, permitindo o acesso aos seus campos de petróleo e gás natural, alguns dos maiores e de menores custo de produção do mundo.
Mas pelo menos até setembro, grande parte das empresas de energia norte-americanas preferiu ficar afastada, mesmo enquanto o Congresso considera a hipótese de limitar ainda mais novas exportações de petróleo da república islâmica.
É um rumo incomum para uma indústria conhecida pela sua forte presença em Capitol Hill, em todas as questões, desde impostos a regras de poluição e comércio internacional. Mas essa questão em particular pode ser muito quente para interferências.
"Dificilmente você conseguirá mudar a opinião de qualquer legislador, mas pode ofendê-los", disse um lobista familiarizado com questões envolvendo sanções, que falou sob condição de anonimato, para evitar ser visto como se estivesse falando por seus clientes.
Ele disse que a sua empresa não recebeu nenhum pedido de seus clientes esse ano para fazer lobby sobre sanções ao Irã.
A indústria de petróleo e gás gastou 105 milhões de dólares em lobby nos primeiros nove meses deste ano, ficando atrás apenas da indústria de seguros e produtos farmacêuticos, de acordo com um grupo de vigilância de Washington.
Empresas do setor e seus funcionários, também doaram um total de 20,5 milhões de dólares para candidatos das eleições do ano passado, ocupando o nono lugar geral de doações.
O Congresso dos EUA tem se mostrado firme no seu apoio a novas medidas contra o Irã.