Economia

Governo vai monitorar altas anormais de carro nacional

Segundo Mantega, a elevação dos preços dos automóveis produzidos no Brasil é menor do que a inflação

Governo garante que preço dos veículos está sendo observado de perto (Vanderlei Almeida/AFP)

Governo garante que preço dos veículos está sendo observado de perto (Vanderlei Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2011 às 15h27.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o governo monitorará qualquer aumento fora do normal no preço dos veículos nacionais, após a elevação do IPI para automóveis importados. "Conversamos com a indústria e há o compromisso de que não haverá aumentos", disse após participar de audiência pública na Câmara dos Deputados. Segundo Mantega, a elevação dos preços dos automóveis produzidos no Brasil é menor do que a inflação. "O governo estará vigilante e poderá mudar as coisas se detectar aumento dos preços acima do normal",

Mantega admitiu que o governo anunciou a elevação de IPI para automóveis importados sem ter a convicção jurídica de que a medida não precisaria respeitar o princípio da noventena. Disse que o assunto tinha controvérsias, mas que o governo optou por anunciar a medida porque tinha urgência, já que os importados estavam prejudicando o emprego no Brasil. O ministro disse também que o governo respeitará a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a medida só entre em vigor em meados de dezembro, 90 dias após o anúncio. "Isto é apenas detalhe, porque prorrogou a medida", disse o ministro.

Mantega afirmou que o governo não quis fazer reserva de mercado, mas destacou que o governo não pode permitir que "aventureiros" se apropriem do mercado interno brasileiro, manipulando o câmbio e oferecendo subsídios disfarçados. Ele destacou que as montadoras coreanas e chinesas, as mais afetadas com o aumento do IPI, já estão com planos de se instalarem no Brasil. "Somos a favor de câmbio flutuante, mas tenho dito nos fóruns internacionais que enquanto tiver países manipulando o câmbio, nós vamos interferir, cobrando IOF. Nas nossas costas, não vamos permitir".

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