Militares: após a publicação do decreto pelo presidente Jair Bolsonaro haverá um "prazo natural de chamamento público" (Jose Manuel Espinola Aguayo / EyeEm/Getty Images)
Reuters
Publicado em 14 de janeiro de 2020 às 19h14.
Última atualização em 15 de janeiro de 2020 às 07h19.
Brasília - O governo do presidente Jair Bolsonaro editará um decreto até o fim desta semana prevendo a possibilidade de contratação, de forma temporária, de até 7 mil militares da reserva para regularizar a análise de concessão de benefícios pelo INSS.
Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, o custo da investida será em torno de 14,5 milhões de reais por mês. A expectativa, contudo, é que esse gasto seja compensado com a correção monetária que o governo deixará de pagar pelo empoçamento de pedidos não pagos.
Em dezembro, a Reuters publicou que a regularização de benefícios que estavam represados por falta de pessoal no INSS terá um impacto de 9,719 bilhões de reais em 2020.
A jornalistas, Marinho explicou que após a publicação do decreto haverá um "prazo natural de chamamento público". A expectativa é que os militares da reserva comecem a trabalhar a partir de abril.
Nos últimos anos houve crescente represamento de benefícios do INSS por causa da redução da força de trabalho do órgão. Com isso, mais de 2,4 milhões de benefícios chegaram a ficar estacionados à espera de análise.
"O estoque não será zerado, tem 988 mil pedidos entrando todo mês. Mas pretendemos, todo mês, ter número de requerimentos da mesma quantidade que temos capacidade de processar", afirmou Marinho, estimando que isso ocorrerá ao fim de seis meses.