Economia

Governo troca presidência da Petrobras e Caio de Andrade assumirá

Novo nome foi indicado duas semanas após Adolfo Sachsida assumir o ministério de Minas e Energia

Caio de Andrade: governo escolheu um novo presidente para a estatal. (Governo Federal/Reprodução)

Caio de Andrade: governo escolheu um novo presidente para a estatal. (Governo Federal/Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2022 às 22h14.

Última atualização em 23 de maio de 2022 às 22h31.

O governo federal anunciou na noite desta segunda-feira nova troca no comando da Petrobras. Caio Paes de Andrade, secretário de desburocratização do Ministério da Economia e tido no mercado como nome de confiança do ministro Paulo Guedes, é o novo escolhido. Andrade é formado em comunicação social pela Universidade Paulista, pós-graduado em Administração e Gestão pela Harvard University e mestre em Administração de Empresas pela Duke University. Ele deve substituir José Mauro Coelho, que ficou apenas 40 dias no cargo.

Em nota, o Ministério de Minas, liderado desde o dia 11 por Adolfo Sachsida, agradeceu José Mauro Coelho. "O Brasil vive atualmente um momento desafiador, decorrente dos efeitos de extrema volatilidade dos hidrocarbonetos nos mercados internacionais. Adicionalmente, diversos fatores geopolíticos conhecidos por todos resultam em impactos não apenas sobre o preço da gasolina e do diesel, mas sobre todos os componentes energéticos. Dessa maneira, para que sejam mantidas as condições necessárias para o crescimento do emprego e renda dos brasileiros, é preciso fortalecer a capacidade de investimento do setor privado como um todo. Trabalhar e contribuir para um cenário equilibrado na área energética é fundamental para a geração de valor da Empresa, gerando benefícios para toda a sociedade".

Fique por dentro das principais notícias do Brasil e do mundo. Assine a EXAME.

Caio de Andrade será o quarto presidente da Petrobras na gestão de Jair Bolsonaro. Antes dele, comandaram a estatal Roberto Castello Branco, Joaquim Silva e Luna e José Mauro Coelho.

A nova troca acontece cinco dias depois de as Comissões de Minas e Energia e de Fiscalização e Controle, da Câmara dos Deputados, aprovarem um convite para Sachsida explicar a intenção de privatizar a Petrobras. O preço dos combustíveis deve ser outro tema na pauta. No dia 12, Sachsida entregou a Guedes um pedido para iniciar os estudos para privatizar a Petrobras e a Pré-Sal Petróleo SA. Segundo o novo ministro, a desestatização seria "a libertação do povo brasileiro contra os monopólios".

As ações da Petrobras acumulam alta de 24% no ano, para 488 bilhões de reais de valor de mercado, beneficiadas pelo aumento do preço dos combustíveis. No dia 5 maio a companhia anunciou a distribuição de 48,5 bilhões de reais em dividendos. O sucesso financeiro tem levantado intensos debates sobre a política de preços da companhia, seguindo a paridade internacional do petróleo. Dois dias depois do anúncio dos dividendos, Bolsonaro voltou a criticar os constantes reajustes de preços para os consumidores.

A expectativa, agora, é sobre como os investidores reagirão. Nesta segunda-feira, as ações da Petrobras subiram quase 4%, impulsionadas por nova alta na cotação do petróleo, ajudando o Ibovespa a fechar em alta de 1,71%, em 110.345 pontos. O Ibovespa acumula alta de 6,18% no ano.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesEstatais brasileirasGoverno BolsonaroPetrobrasPrivatização

Mais de Economia

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês

Rui Costa diz que pacote de corte de gastos não vai atingir despesas com saúde e educação