Economia

Proximo empréstimo ao Rio será de R$1 bi, diz Meirelles

O ministro da Fazenda explicou que a quantia terá como garantia royalties de petróleo

Rio: o novo empréstimo já havia sido mencionado pelo ministro antes, mas sem definição de valores (Matthew Stockman/Getty Images)

Rio: o novo empréstimo já havia sido mencionado pelo ministro antes, mas sem definição de valores (Matthew Stockman/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 10h48.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira que o governo federal está trabalhando para viabilizar novo empréstimo ao Estado do Rio de Janeiro de cerca de 1 bilhão de reais, que terá como garantia royalties de petróleo.

"Estamos agora trabalhando em um outro empréstimo, este agora garantido por royalties de petróleo", afirmou Meirelles. "A questão financeira do Rio de Janeiro já está sendo tratada bem antes da intervenção", completou.

O novo empréstimo bancário, tratado no âmbito do plano de recuperação fiscal do Estado, já havia sido mencionado pelo ministro antes, mas sem definição de valores.

Falando a jornalistas antes de participação de evento em Brasília, Meirelles lembrouque o governo federal já vem trabalhando junto ao Rio no plano de recuperação fiscal do Estado, que abriu espaço para empréstimo bancário de 2,9 bilhões de reais garantido por ações da Companhia de Água e Esgoto do Estado (Cedae).

O ministro disse ainda nesta manhã que, até o momento, não havia pedido específico das Forças Armadas de recursos adicionais para intervenção na segurança pública no Rio.

Questionado sobre a forte oposição de parlamentares ao plano econômico apresentado pelo governo após a suspensão da tramitação da reforma da Previdência, Meirelles afirmou que o que "se fez foi meramente uma seleção" dos projetos, considerando principalmente aqueles já em andamento.

"Evidentemente que o Congresso é soberano e compete aos presidentes das Casas (Câmara dos Deputados e Senado) definir a pauta de cada um. Isso aí é uma definição técnica e objetiva de quais são, na nossa visão, os projetos mais importantes", disse ele, a respeito da lista que conta com a implementação do cadastro positivo, autonomia do Banco Central, privatização da Eletrobras e reoneração da folha de pagamento das empresas.

Na noite da véspera, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o anúncio da pauta prioritária com 15 medidas relacionadas à economia foi um "equívoco" e desrespeita a independência entre os Poderes.

Já o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), destacou que o Executivo pode encaminhar projetos e medidas ao Parlamento, mas alertou que a prerrogativa de pautar as matérias é dos presidentes das duas Casas do Legislativo.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaEmpréstimosGoverno TemerHenrique MeirellesPetróleoRio de Janeiro

Mais de Economia

Pacheco afirma que corte de gastos será discutido logo após Reforma Tributária

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética