Economia

Governo trabalha para desonerar folha das empresas, diz secretário

Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que medida seria inviável sem novo imposto

Ministério da Economia (Adriano Machado/Reuters)

Ministério da Economia (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 30 de outubro de 2020 às 19h32.

Última atualização em 30 de outubro de 2020 às 21h16.

O secretário executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, afirmou nesta sexta-feira que o governo continua trabalhando na desoneração da folha de pagamentos das empresas como parte de uma proposta de reforma tributária e para a geração de empregos, que ele diz ter “esperanças" de ser aprovada em 2021. Ele afirmo ter “esperanças” de que o assunto seja discutido no Congresso em 2021.

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Guaranys, participou do seminário “Partilha dos royalties do petróleo", organizado pelo GLOBO e pelo jornal Valor Econômico.

— Com a reforma tributária, (estamos) trabalhando para que a gente possa ter uma desoneração da folha e empregar cada vez mais gente. Vimos muita gente desempregada — afirmou. — A reforma tributária é uma das nossas principais preocupações.

Nesta quinta, o IBGE informou que a taxa de desemprego atingiu o recorde de 14,4% em agosto.

A fala do secretário ocorre um dia depois do ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer em audiência no Congresso Nacional ter desistido do imposto sobre transações eletrônicas e, por isso, ele também não poderia aprovar a proposta de desoneração. Guedes defende que a arrecadação do novo imposto compensaria a perda de receita com a redução dos custos com mão-de-obra.

Guaranys, número dois do Ministério da Economia, disse que a agenda de reformas "deu uma parada" durante a pandemia, com a necessidade de focar em medidas emergenciais.

Ele reconheceu, por outro lado, que as eleições municipais e, depois, a disputa pelas presidências da Câmara e do Senado devem postergar as discussões sobre a reforma tributária, mas afirmou "ter esperança" que o projeto possa ser aprovado até o fim de 2021.

Sobre o pacto federativo, Guaranys ressaltou que o Congresso vive atualmente um momento mais sensível para a discussão em questão, mas ele garantiu que o assunto permanece no radar de governo e parlamentares.

— O pacto federativo continua sempre na pauta. Continua sendo discutido com o Congresso — afirmou.

O secretário-executivo disse ainda que a economia do país está retomando de forma “consistente”, com uma recuperação em “V”.

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