Economia

Governo terá plano de segurança em regiões de fronteira

Dilma Rousseff defendeu a colaboração com os países vizinhos como forma de combater o crime

O governo quer aumentar a presença da polícia nas fronteiras  (Roberto Setton/VEJA)

O governo quer aumentar a presença da polícia nas fronteiras (Roberto Setton/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 15h24.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira um plano de segurança nas regiões de fronteira que o Governo pretende discutir e articular com as autoridades dos países vizinhos.

"Um melhor combate ao crime fronteiriço reforçará a soberania e aperfeiçoará o processo de integração fraterna que se desenvolve na região", declarou Dilma em um ato realizado no Palácio do Planalto no qual estiveram presentes os embaixadores de todos os países sul-americanos.

A presidente destacou que o combate ao crime nas fronteiras não pode ser encarado "como transferir os problemas aos países vizinhos empurrando os criminosos para um ou outro lado, mas deve ser dado em marcos de cooperação que permitam garantir a criação de espaços comuns sem conflitos".

Ao longo de cerca de 16,8 mil quilômetros, o Brasil faz fronteira com Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana e a Guiana Francesa.

Dilma explicou que encarregou os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Defesa, Nelson Jobim, de iniciarem contatos com seus equivalentes em todos esses países, a fim de começar a coordenar ações e discutir planos para dar maior segurança às fronteiras.

Essas iniciativas serão complementadas com um forte reforço da presença policial e militar ao longo de todas as fronteiras brasileiras, mediante operações que serão coordenadas entre Cardozo e Jobim.

O ministro da Justiça revelou em entrevista coletiva que as operações também envolverão um deslocamento de efetivos de todos os corpos de segurança rumo às zonas limítrofes, mas preferiu não dar números "por razões de segurança próprias desses planos".

As ações serão dirigidas principalmente ao combate de delitos comuns nas regiões de fronteiras, como o tráfico de drogas, armas e pessoas e o contrabando de todo tipo de mercadorias.

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