Economia

Governo terá dificuldades para cumprir regra de ouro 2019

O ministro do planejamento afirmou que será preciso fazer alterações legislativas para que a regra de ouro seja obedecida no próximo ano

O ministro afirmou que com algumas alternativas internas do governo, a regra de ouro deste ano será cumprida (Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro afirmou que com algumas alternativas internas do governo, a regra de ouro deste ano será cumprida (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 7 de março de 2018 às 14h37.

Última atualização em 7 de março de 2018 às 14h42.

O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Dyogo Oliveira, disse hoje (7) em Nova York que não há risco de o governo precisar descumprir em 2018 a regra de ouro, que estabelece que o governo não pode se endividar para financiar despesas correntes, mas que será preciso promover alterações legislativas para que a ela possa ser obedecida em 2019.

Segundo o ministro, para o ano de 2018, "com algumas alternativas internas do governo, não há problema, como, por exemplo, a liberação do dinheiro do BNDES e a recuperação de recursos do fundo soberano. Agora, para 2019, realmente há dificuldades".

Ainda assim, segundo ele, "não seria nem viável, nem suficiente e nem está em discussão" discutir um aumento de impostos para solucionar a questão no ano que vem. "Não será possível cumprir o total para 2019 , e nós precisaremos de alguma alteração legislativa para que o governo possa manter o funcionamento normal das despesas que tem que ser pagas", afirmou.

Dyogo Oliveira está nos Estados Unidos para participar de um evento sobre investimentos estrangeiros no Brasil e se reuniu na manhã desta quarta-feira (7) com lideranças empresariais. Também participam das reuniões o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, e de Transportes, Maurício Quintella.

Na estada em Nova York, Henrique Meirelles, em conversa com jornalistas, disse que a definição dos preços da gasolina e do gás pela Petrobras é autônoma e baseada na realidade de mercado, mas que o governo estuda mudanças na tributação sobre os combustíveis.

 

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