Economia

Governo tenta reverter veto à carne bovina brasileira, diz porta-voz

Estados Unidos decidiram manter suspensa a importação do produto após uma inspeção técnica nas unidades de produção do Brasil

Produção de carne: após inspeção em unidade produtoras, Estados Unidos decidiram manter veto à compra do produto (Ueslei Marcelino/Reuters)

Produção de carne: após inspeção em unidade produtoras, Estados Unidos decidiram manter veto à compra do produto (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de novembro de 2019 às 21h40.

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse nesta segunda-feira (4) que o governo espera reverter em breve a decisão do governo dos Estados Unidos de manter a suspensão da importação da carne bovina in natura do Brasil. A decisão dos EUA é resultado de uma inspeção técnica realizada pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em unidades brasileiras de produção de carne e cujo relatório foi entregue ao Ministério da Agricultura e Abastecimento do Brasil na última quinta-feira (30).

De acordo com o porta-voz, o resultado não era esperado pelo governo brasileiro. Barros disse que há a previsão de uma viagem da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, aos EUA para negociar uma nova inspeção.

"A nossa expectativa era de que o veto [à carne brasileira] não se mantivesse", disse Barros em coletiva à imprensa no Palácio do Planalto. "Temos todas as capacidades [para passar na inspeção], já as apresentamos e a expectativa é que em breve este mercado esteja aberto", acrescentou.

Litoral do Nordeste

Sobre o vazamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste, o porta-voz disse que o governo vem trabalhando para responsabilizar os envolvidos e que, após a finalização das investigações, vai acionar os responsáveis na Justiça.

O porta-voz disse ainda que não há confirmação se o presidente Jair Bolsonaro irá comparecer ao Congresso Nacional nesta terça-feira (5) para apresentar os projetos do governo relacionados às reformas tributária, administrativa e aos projetos que envolvem pacto federativo e privatizações de empresas e ativos do país. "Tudo indica que sim, mas eu prefiro aguardar a confirmação.", disse Rêgo Barros.

O porta-voz confirmou também o pedido de demissão do general Maynard Marques de Santa Rosa da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. De acordo com o porta-voz, o pedido de desligamento da chefia da SAE foi feito nesta segunda-feira (4). "É a informação que me foi passada", afirmou.

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