Economia

Governo sinaliza pausa nos leilões de aeroportos

Governo deve fazer uma pausa nas licitações, após ter concedido cinco dos maiores terminais do país à iniciativa privada

Ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, acompanha na Bolsa de Valores de SP leilão das concessões dos aeroportos de Confins e Galeão (Divulgação)

Ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, acompanha na Bolsa de Valores de SP leilão das concessões dos aeroportos de Confins e Galeão (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2013 às 16h05.

São Paulo - O governo federal deve fazer uma pausa nas licitações de aeroportos, após ter concedido cinco dos maiores terminais do país à iniciativa privada em 2013 e no ano passado.

"Privatização não é nosso foco agora", disse o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, a jornalistas, após fazer apresentação a empresários.

Na sexta-feira, o governo passou à iniciativa privada os terminais de Galeão (RJ) e Confins (MG), pelos prazos de 25 anos e 30 anos, respectivamente, levantando 20,8 bilhões de reais. Os consórcios privados vencedores terão 51 por cento dos aeroportos, enquanto a Infraero terá 49 por cento.

No mesmo modelo, o governo transferiu o controle dos terminais de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF) para a iniciativa privada em fevereiro de 2012, arrecadando 24,5 bilhões de reais.

"Agora precisamos passar a uma nova fase, a qualidade dos aeroportos, e vamos trabalhar nisso a partir de 2014", disse Moreira Franco, mencionando 270 terminais.

Segundo ele, o aeroporto de Congonhas, na capital paulista, não é atraente para concessionários privados, diante da localização e escassas possibilidades de ampliação.

"Você acha que algum investidor vai se interessar por um aeroporto dentro da cidade e que não tem condições de crescer?", disse o ministro.

Moreira Franco disse que a concessão do terminal Santos Dumont, na capital fluminense, também não está em estudo.

O ministro afirmou ainda que o governo deve assinar na quarta-feira uma política comercial que deve definir preços praticados por lojistas nos aeroportos do país.

"Não é possível que o preço do pão de queijo no aeroporto de Minas Gerais seja o mais caro do Brasil", disse. O ministro não mencionou, no entanto, como o governo pretende, com o decreto, evitar a prática de preços abusivos.

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