Economia

Governo seguirá tomando medidas sobre o câmbio, diz Mantega

Ministro citou como exemplo países asiáticos que mantém controle artificial do câmbio para tornar seus produtos mais competitivos no mercado internacional


	Mantega: "Vamos continuar tomando medidas sobre o câmbio até os demais países adotarem um regime cambial flexível"
 (Nacho Doce/Reuters)

Mantega: "Vamos continuar tomando medidas sobre o câmbio até os demais países adotarem um regime cambial flexível" (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 14h08.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que o governo continuará atuando no câmbio para garantir uma taxa competitiva para a indústria brasileira enquanto outros países seguirem sem regimes flexíveis de câmbio.

"Vamos continuar tomando medidas sobre o câmbio até os demais países adotarem um regime cambial flexível", afirmou o ministro da Fazenda em evento em São Paulo.

Mantega citou como exemplo países asiáticos que mantém controle artificial do câmbio para tornar seus produtos mais competitivos no mercado internacional. Ele não citou diretamente a China, alvo de críticas sobretudo dos Estados Unidos, por manter o iuane mais desvalorizado.

O governo adotou várias medidas, além de compras de dólar no mercado à vista pelo Banco Central, para reverter a desvalorização do real no primeiro semestre, no que foi ajudado pelas turbulências internacionais.

E com a moeda brasileira mais desvalorizada, o BC passou a defender o patamar de 2 reais, considerado por Mantega mais favorável à indústria no comércio internacional.

Na véspera, o ministro havia demonstrado outra preocupação relacionada ao câmbio, com o anúncio de um novo programa de compras de títulos pelo Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que pode aumentar o fluxo de dólares para o Brasil e pressionar o real.

O norte-americano Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, que também participou do evento, avaliou, no entanto, que as medidas do Fed não tem relação com a desvalorização do real. Para ele, a moeda sofre impacto maior dos países asiáticos.

Crescimento

Mantega disse ainda que o crescimento da economia esta mais forte neste semestre, sustentando a previsão de que a atividade vai estar girando num ritmo anualizado de 4 por cento no final do ano.

Mantega citou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), como exemplo de reativação da economia. O IBC-BR subiu 0,42 por cento em julho frente a junho, de acordo com dados dessazonalizados.

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