Economia

Governo sacará R$ 3,5 bi de fundo para equilibrar contas

Para compensar a queda de receita, o governo prevê fazer uma economia adicional de R$ 7 bilhões em vários capítulos


	Moedas: pela desaceleração da economia, caiu a arrecadação de "praticamente todos" os tributos
 (Rodrigo_Amorim/Creative Commons)

Moedas: pela desaceleração da economia, caiu a arrecadação de "praticamente todos" os tributos (Rodrigo_Amorim/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 21h35.

Brasília - O governo brasileiro mudou nesta segunda-feira sua previsão de crescimento para este ano e a situou em 0,9%, contra 1,8% que calculava há dois meses, mas manteve sua previsão de economia.

O dado consta no relatório de receitas e despesas primárias do quarto bimestre de 2014 elaborado pelo Ministério do Planejamento, que manteve estável sua previsão para a inflação neste ano em 6,20%.

A previsão do governo é superior à do mercado financeiro, que situa o crescimento da economia do país em 0,3%, segundo um boletim semanal elaborado pelo Banco Central com 100 analistas do mercado financeiro.

Devido à desaceleração da economia, caiu a arrecadação de "praticamente todos" os tributos, com o que as receita do Estado diminuíram em R$ 10,5 bilhões com relação ao último cálculo, de dois meses atrás.

Para compensar a queda de receita, o governo prevê fazer uma economia adicional de R$ 7 bilhões em vários capítulos.

Os R$ 3,5 bilhões restantes, necessários para equilibrar as contas, foram extraídos do fundo soberano, criado em 2008.

A economia brasileira cresceu 7,5% em 2010, avançou 2,7% em 2011, 1% em 2012 e 2,3% em 2013.

Segundo dados oficiais, no segundo trimestre deste ano a economia contraiu 0,6%, acumulando dois trimestres consecutivos de crescimento negativo e entrou no que os especialistas qualificam de "recessão técnica".

No entanto, um relatório divulgado há dez dias pelo Banco Central indicou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), que é considerado uma medição prévia do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 1,5% em julho frente ao mês imediatamente anterior, o que prediz uma tímida recuperação para os próximos meses.

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