Economia

Governo renova tarifa de importação para aço chinês e eleva para 23 o número de produtos alcançados

Medida aprovada pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) valerá pelos próximos 12 meses

MDIC: Em nota, a Camex informou que a medida foi tomada para "reduzir o surto de importação de produtos de aço, com objetivo de continuar fortalecendo a indústria nacional nesse setor".  (Divulgação)

MDIC: Em nota, a Camex informou que a medida foi tomada para "reduzir o surto de importação de produtos de aço, com objetivo de continuar fortalecendo a indústria nacional nesse setor".  (Divulgação)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 27 de maio de 2025 às 19h04.

Última atualização em 27 de maio de 2025 às 19h07.

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex), colegiado do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), renovou nesta terça-feira, 27, por mais 12 meses, a vigência da alíquota de 25% sobre o aço importado da China. Além disso, o governo elevou de 19 para 23 o número de produtos alcançados pela medida. 

Em nota, a Camex informou que a medida foi tomada para "reduzir o surto de importação de produtos de aço, com objetivo de continuar fortalecendo a indústria nacional nesse setor". 

"A vigência da alíquota de 25% foi mantida para 19 NCMs, que já eram atendidas pela medida, e estendida agora para outras quatro, totalizando 23. Estas últimas foram caracterizadas como 'NCMs de fuga' e sua inclusão na medida decorreu da identificação de aumentos expressivos de importação no último ano, demonstrando que passaram a ser usadas como substitutas dos produtos originalmente tarifados", informou a pasta. 

Sistema de cotas continuará vigente

Segundo o governo, assim como nas decisões do ano passado, foi mantido o sistema de cotas até determinados volumes de importação, que poderão entrar no país pelas tarifas originais, que variam entre 9% e 16%. Entretanto, foram excluídas do cálculo as importações feitas no contexto de acordos comerciais ou de regimes especiais.

O estabelecimento de cotas, informou a Camex, busca reduzir os impactos nos setores que usam o aço em sua cadeia produtiva – como construção civil, automóveis, bens de capital e eletroeletrônicos.

Setor pedia fim das cotas

A renovação da tarifa de importação era um pleito do setor de aço, que pedia ao governo medidas adicionais ainda mais duras.

Executivos do setor têm afirmado que o aço importado, historicamente, representava 11% da demanda interna. Essa fatia mais que dobrou e já chega 25%.

O setor pleiteava uma alíquota de imposto de importação superior a 25% e o fim do mecanismo de cotas.

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