Economia

Governo reduz previsão de crescimento do PIB em 2018 para 2,0%

Com a revisão da meta fiscal, houve mudanças também nas expectativas para o IPCA, cuja estimativa para 2018 caiu de 4,5% para 4,2%

Meta fiscal: a previsão do avanço passou de 2,5% para 2,0% (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Meta fiscal: a previsão do avanço passou de 2,5% para 2,0% (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 22h00.

Brasília - A área econômica passou a prever um crescimento menor em 2018, o que teve impacto sobre a projeção de receita do ano que vem, disse nesta terça-feira, 15, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.

A previsão de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2,5% para 2,0%, segundo os números apresentados hoje pelo governo.

Houve mudanças ainda nas expectativas para o IPCA, índice oficial de inflação, cuja estimativa para 2018 caiu de 4,5% para 4,2%.

Esses dois parâmetros afetam diretamente a estimativa de receitas do governo. Se o País cresce menos e os preços da economia avançam em ritmo menor, a arrecadação também tem evolução mais lenta.

Com as mudanças, a previsão total de receitas do governo para 2018 caiu R$ 50,772 bilhões, apontou o Planejamento. A arrecadação menor da União também diminui a transferência a Estados e municípios em R$ 8,456 bilhões. Ao todo, a previsão de receita líquida do governo federal cai R$ 42,315 bilhões para 2018.

Além disso, a estimativa de despesas avançou R$ 2,184 bilhões diante da decisão do Tesouro Nacional de incorporar o risco de calote nos contratos antigos do Fies, fundo de financiamento estudantil.

Pela nova metodologia, o elevado risco de inadimplência dos alunos beneficiários passa a ser registrado como despesa primária, impactando as previsões orçamentárias.

Com isso, o rombo total identificado no Orçamento de 2018 foi de R$ 44,5 bilhões. É por isso que o governo adotou uma mescla de ampliação no rombo do ano que vem em R$ 30 bilhões (a meta passou de déficit de R$ 129 bilhões para R$ 159 bilhões) e medidas tributárias que trarão mais R$ 14,5 bilhões aos cofres do governo em 2018.

O governo ainda revisou outros parâmetros, como a Selic média de 2018 (passou de 9% para 8%), o câmbio médio do ano (passou de R$ 3,3 para R$ 3,4) e o ritmo de crescimento nominal da massa salarial (passou de 8,5% para 5,7%).

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