Energia elétrica: ministro de Minas e Energia disse ainda que o valor dessa dívida, inicialmente estimado em R$ 2,6 bilhões, passou para cerca de R$ 3,150 bilhões (Arquivo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 3 de março de 2015 às 17h51.
Brasília - O governo espera resolver em março a negociação para que o setor bancário libere um novo financiamento para as distribuidoras de energia elétrica cobrirem suas dívidas com operações no mercado de curto prazo de energia realizadas em novembro e dezembro do ano passado, disse nesta terça-feira o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
Ele afirmou ainda a jornalistas que o valor dessa dívida, inicialmente estimado em 2,6 bilhões de reais, passou para cerca de 3,150 bilhões de reais.
A diferença, segundo ele, deve-se à incorporação de juros (taxa Selic) à dívida e ao fechamento definitivo das contas.
Segundo Braga, houve na segunda-feira uma grande reunião em São Paulo com 12 dos bancos que já participaram, no ano passado, de outras duas operações de empréstimos às distribuidoras, que haviam totalizado 17,8 bilhões de reais.
"Ontem houve um avanço grande em São Paulo. Acho que durante o mês de março se encerra essa questão", disse Braga, após reunião com a presidente Dilma Rousseff.
De acordo com o ministro, na conversa com os bancos tratou-se tanto do novo empréstimo como da proposta do governo de renegociar as condições dos financiamentos já assinados. O governo quer aumentar o prazo para o pagamento dos empréstimos, de modo a aliviar o impacto do repasse às tarifas dos consumidores.
Sobre a situação do abastecimento de energia, Braga disse que houve uma melhora nas condições, mas "o cenário ainda recomenda prudência e cautela", considerando o nível dos reservatórios de hidrelétricas.
Uma nova reunião com a presidente ocorrerá no dia 27 de março, mais perto do fim do chamado período úmido, para uma nova avaliação.
Braga disse que em cerca de dez dias deve ser iniciada uma campanha de comunicação pelo consumo consciente de energia.