Economia

Governo quer pagar R$ 57 bilhões em passivos ainda este ano

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, o governo pretende pagar ainda este ano os atrasos nos repasses a bancos e ao FGTS


	Dinheiro: passivos devem contribuir para o fechamento do ano com um deficit primário de R$ 119,9 bilhões
 (GettyImages)

Dinheiro: passivos devem contribuir para o fechamento do ano com um deficit primário de R$ 119,9 bilhões (GettyImages)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 16h03.

Brasília - O secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, disse hoje (28) que o governo pretende pagar, ainda este ano, os passivos apontados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) relativos a atrasos nos repasses a bancos públicos e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

“Estamos trabalhando para pagar todos os passivos apresentados pelo acordão [do TCU]”, disse.

Os passivos somam R$ 57 bilhões e devem contribuir para o fechamento do ano com um deficit primário de R$ 119,9 bilhões, meta fiscal aprovada pelo Congresso Nacional para 2015.

Segundo Otávio Ladeira, o governo deve fazer um balanço do pagamento dos passivos até quarta-feira (30).

Ladeira disse também que não serão necessárias novas emissões de títulos da dívida pública para quitar o valor.

Segundo ele, o motivo é que o chamado colchão da dívida, como é conhecido o montante de recursos que o Tesouro mantém em caixa para pagar o volume principal e os juros da Dívida Pública Federal que vencem em até três meses, está “confortável”.

Otávio Ladeira falou sobre o assunto ao comentar os resultados de novembro das contas do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência e Banco Central).

Juntos, os entes somaram deficit mensal recorde de R$ 21,3 bilhões. De janeiro a novembro, o deficit soma R$ 54,3 bilhões, superando o registrado no fechamento de 2014, que foi R$ 17,2 bilhões.

Acompanhe tudo sobre:BancosDéficit públicoFGTSFinançasGovernoOrçamento federalTCUTesouro Nacional

Mais de Economia

Senado aprova em 1º turno projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Moraes mantém decreto do IOF do governo Lula, mas revoga cobrança de operações de risco sacado

É inacreditável que Trump esteja preocupado com a 25 de Março e Pix, diz Rui Costa

Tesouro: mesmo com IOF, governo precisaria de novas receitas para cumprir meta em 2026