Celg-D: distribuidora deve ir a leilão até novembro, mas com revisão de parâmetros depois que o primeiro certame foi cancelado por falta de interesse (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2016 às 13h54.
O governo pretende realizar ainda neste ano leilões para a venda de concessões de hidrelétricas existentes e da distribuidora de energia Celg-D, controlada pela Eletrobras, afirmou nesta sexta-feira o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa.
Ele disse que o objetivo do governo é obter entre 11 e 12 bilhões de reais pelas hidrelétricas, em certame nos moldes de um realizado no ano passado, que arrecadou 17 bilhões de reais com a cobrança de bônus de outorga junto aos vencedores.
Já a Celg-D pode ir a leilão até novembro, mas com uma revisão de parâmetros, após uma sessão agendada para esta sexta-feira ter sido cancelada no meio da semana em meio à falta de investidores interessados e críticas ao preço teto de 2,8 bilhões de reais definido para o negócio.
"O objetivo é que (o leilão da Celg-D) seja ainda este ano e entendo que é possível... a expectativa é que até outubro ou novembro a gente consiga fazer essa venda, já em novas condições", disse Pedrosa, que falou com jornalistas após participar de evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham).
Já o certame de concessões de hidrelétricas é alvo de conversas da pasta de Minas e Energia com a Fazenda.
"A ideia é que o processo aconteça esse ano... e os recursos decorrentes sejam recebidos pela Fazenda no ano que vem", disse Pedrosa.
A Reuters havia publicado em julho que o governo pretende licitar essas hidrelétricas ainda neste ano.
As usinas que poderiam estar envolvidas na licitação são principalmente da estatal mineira Cemig, além de outros projetos menores.
Já a partir de 2017 devem ser realizados processos para a privatização de outras seis distribuidoras de energia da Eletrobras que atendem Estados do Norte e Nordeste do país e são fortemente deficitárias, disse o executivo.
"Essas empresas estarão prontas para venda no ano que vem... ao final do ano que vem elas serão vendidas ao mercado", afirmou Pedrosa.