Economia

Governo quer criar metas econômicas e sociais para até 2025

Metas não seriam formais, como é hoje a inflação, mas serviriam como indicativo de como o governo quer trabalhar para garantir melhores indicadores econômicos e sociais, dizem fontes


	Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia no Palácio Itamaraty: os parâmetros que serão estabelecidos ainda não foram determidados
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia no Palácio Itamaraty: os parâmetros que serão estabelecidos ainda não foram determidados (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2012 às 20h33.

Brasília - A presidente Dilma Rousseff quer estabelecer metas sociais para o País, como a redução do número de famílias que vivem abaixo da pobreza, além de criar metas econômicas de longo prazo para melhorar a previsibilidade aos investidores.

De acordo com quatro fontes ligadas ao Executivo ouvidas pela Reuters, as metas não seriam formais, como é hoje a meta de inflação, mas serviriam como indicativo de como o governo quer trabalhar para garantir melhores indicadores econômicos e sociais, balizando o planejamento estratégico de longo prazo.

"Criar essas metas é importante porque orienta o trabalho do governo... Elas serão mais uma referência", afirmou uma importante fonte da equipe econômica.

Em entrevista à Reuters publicada nesta segunda-feira, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, adiantou que uma das metas que poderão ser adotadas no próximo ano é a de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

A presidente Dilma reuniu na quinta-feira parte de seus ministros da área social e econômica para começar a tratar do assunto, e determinou que sejam elaboradas propostas de metas para 2015, 2020 e 2025, segundo as fontes. Os parâmetros que serão estabelecidos ainda não foram determidados.


A ideia, segundo as fontes, é orientar as políticas dos ministérios e levar o país para novos patamares de crescimento econômico e social nestes períodos nas seguintes áreas: desenvolvimentos econômico e social, infraestrutura e cidadania.

Uma das fontes ressaltou que as metas não estão sendo pensadas para alterar a política econômica do país para além do tripé meta de inflação, meta de superávit primário e câmbio flutuante.

Para a fonte da equipe econômica, isso é importante para não causar distorções na condução da política monetária do país.

O Banco Central, por lei, tem que conduzir a política monetária com o objetivo de levar a inflação para a meta estabelecida pelo governo, fixada em 4,5 por cento, com dois pontos percentuais para cima e para baixo de tolerância, para este e o próximo ano.

"Se você tiver uma meta de crescimento formal junto com a de inflação, corre-se o risco, em determinados momentos, ter de fazer a escolha de Sofia", resumiu a fonte.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGestão públicaGoverno Dilma

Mais de Economia

BNDES vai financiar projetos de saneamento e mobilidade com FGTS

Reforma Tributária: Câmara conclui segundo projeto, após acordo retirar ITCMD sobre previdência

Brasil abre 248 mil postos de trabalho em setembro, mostra Caged

Sem detalhar medidas, Haddad afirma que governo enviará uma PEC ao Congresso para cortar gastos