Economia

Governo quer acordo para aprovar regra nova de licitação

PSDB e DEM defendem mudanças para garantir limites e evitar o caminho aberto para a corrupção nas obras da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos

Líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto: expectativa é de caminhar para um acordo até a semana que vem (Divulgação)

Líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto: expectativa é de caminhar para um acordo até a semana que vem (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2011 às 08h41.

São Paulo - A aprovação das novas regras de licitação propostas pelo governo, que visam a dar celeridade às obras da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, depende das negociações com a oposição. PSDB e DEM consideram o projeto muito abrangente e defendem mudanças no texto para garantir limites e evitar "o caminho aberto para a corrupção".

O novo sistema, denominado Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), vai permitir ao Palácio do Planalto correr com as licitações, sem ter que seguir as restrições impostas pela legislação atual. O problema apontado pela oposição é que a proposta, que valia apenas para as obras em aeroportos, foi estendida para tudo aquilo que for considerado "necessário" para a realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, para a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014.

Os partidos de oposição concordam em não obstruir a votação na próxima semana, desde que o texto seja alterado. "A expectativa é de caminhar para um acordo até a semana que vem. Se houver o acordo, não haverá obstrução", afirmou o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).

Pela proposta em discussão, o governo poderá adotar o regime de contratação integrada de obras. Por esse modelo, o vencedor da licitação fica responsável por todas as etapas de execução. Não haverá, portanto, a definição de um projeto básico, como exigido pela Lei 8.666, a chamada lei das licitações. Para os tucanos, porém, esse modelo abre uma "porta para a corrupção" por não definir regras claras para as obras. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

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