Economia

Governo quer abertura gradual de estrangeiros em aéreas

Segundo o secretário, a meta final é chegar aos 100% de abertura ao capital estrangeiro nas companhias brasileiras

Companhias aéreas: a ideia da abertura gradual visa facilitar um acordo político no Congresso (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

Companhias aéreas: a ideia da abertura gradual visa facilitar um acordo político no Congresso (Paulo Pinto/Fotos Públicas)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 11h20.

Brasília - O governo federal está disposto a negociar com o Congresso uma ampliação gradual do limite permitido para o capital estrangeiro nas companhias aéreas brasileiras, atualmente restrito a 20 por cento, disse nesta quarta-feira o secretário nacional de Aviação Civil do Ministério dos Transportes, Dario Lopes.

Segundo ele, a meta final é chegar aos 100 por cento de abertura ao capital estrangeiro, mas salientou que o eventual escalonamento para chegar a esse patamar ainda não foi definido. A ideia da abertura gradual visa facilitar um acordo político no Congresso.

"Se o parlamento se sentir mais confortável com um degrau, não tem problema", disse em entrevista sobre o movimento do setor neste ano.

O secretário avaliou como positiva a aprovação pela Câmara, na terça-feira, do acordo de "Céus Abertos" com os Estados Unidos, que permitirá uma ampliação dos voos dos EUA para o Brasil e vice-versa, mas que ainda precisa passar pelo Senado. "Mas não é completo o "Open Skies" ainda. A nossa visão como agenda é que "Céus Abertos" e capital estrangeiro tem de andar juntos", disse.

A secretaria de Aviação Civil divulgou nesta quarta previsão de que a aviação civil brasileira deve fechar 2017 com movimentação de cerca de 201 milhões de passageiros, em voos nacionais e internacionais. O número representa aumento de cerca de 2 por cento em relação ao ano passado.

Segundo o ministério, em uma previsão classificada como otimista, em até 20 anos essa demanda pode mais do que triplicar e chegar a 700 milhões de passageiros anuais.

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