Economia

Governo promete erradicar pobreza extrema até 2014

No início de maio, o governo lançou o programa Brasil Carinhoso, para garantir uma renda mínima de R$ 70 para cada família com crianças até seis anos de idade

No último ano, o MDS conseguiu encontrar e incluir no Bolsa Família mais 687 mil famílias que, apesar de extremamente pobres (Reprodução/TV)

No último ano, o MDS conseguiu encontrar e incluir no Bolsa Família mais 687 mil famílias que, apesar de extremamente pobres (Reprodução/TV)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 00h02.

Brasília - Dos 13,5 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família, 2 milhões ainda permanecem na extrema pobreza mesmo com a ajuda do governo. Nesta quinta, no primeiro balanço do Programa Brasil sem Miséria, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, informou que, a partir desse mês, um outro grupo de 2 milhões de famílias, deixarão de ser miseráveis ao receberem um ajuste na renda porque têm crianças de até seis anos de idade. O outro grupo, com renda per capita inferior a R$ 70, mas sem crianças pequenas, vai depender de outros programas, como os cursos de alfabetização e formação para tentar aumentar sua renda.

"Temos todo um conjunto de ações para tentar chegar nessa população. Não vamos conseguir fazer isso de um dia para o outro. É um conjunto de problemas que estão sendo resolvidos aos poucos. Milagres não existem", afirmou a ministra. Ainda assim Tereza Campello garante que a pobreza extrema será erradicada até 2014.

No início de maio, o governo lançou o programa Brasil Carinhoso, para garantir uma renda mínima de R$ 70 para cada família com crianças até seis anos de idade. Com isso, essas famílias passarão a receber benefícios de até R$ 500 mensais, dependendo do número de crianças. "A nossa prioridade zero é chegar nas crianças. Entre os extremamente pobres, 40% tem menos de 14 anos e 17% tem menos de seus anos", explicou a ministra. "Essa medida terá um impacto maior nas crianças. Com o Brasil carinhoso, 63% das crianças sairão da linha da extrema pobreza".

Restam os outros 2 milhões. Sem crianças, esse grupo é o ponto mais frágil do plano do governo. Apesar das medidas para tentar encontrar uma forma dessas pessoas aumentarem sua renda, como um milhão de vagas de cursos técnicos e crédito para microempreendedores, levar até esse grupo alternativas viáveis é o mais difícil. Boa parte não tem nem mesmo uma escolaridade básica, o que leva o governo a primeiro ter que ensinar a ler para depois tentar treiná-los em alguma profissão.

No último ano, o MDS conseguiu encontrar e incluir no Bolsa Família mais 687 mil famílias que, apesar de extremamente pobres, não haviam sido antes encontradas para entrar no programa. O número bateu a meta de 2012, que era de 640 mil. Até o final do ano, a ministra acredita que se chegará aos 800 mil planejados para 2013, mas admite que o número pode ser maior do que o estimado inicialmente. "Estamos levantando elementos para refazer essa estimativa", disse Tereza Campello.

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