Economia

Governo precisa de superávit em dezembro para cumprir meta

Até agora, o resultado acumulado de janeiro a novembro supera o saldo negativo autorizado pelo Congresso para o governo


	Dinheiro: o resultado fiscal de 2015 será conhecido no fim de janeiro de 2016
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Dinheiro: o resultado fiscal de 2015 será conhecido no fim de janeiro de 2016 (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 18h24.

Brasília - O governo espera um superávit primário em dezembro para conseguir atingir a meta fiscal de 2015, que é deficitária em R$ 51,8 bilhões, afirmou hoje (28) o secretário interino do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira.

Atualmente, o resultado acumulado de janeiro a novembro, deficitário em R$ 54,3 bilhões, supera o saldo negativo autorizado pelo Congresso Nacional para o Governo Central.

A União só reverterá o quadro se obtiver superávit no último mês do ano. O resultado fiscal de 2015 será conhecido no fim de janeiro de 2016.

"Dezembro é um mês de superávit. Estamos esperando uma reversão [da trajetória de déficits] para chegar à meta", afirmou Ladeira durante coletiva para comentar os resultados de novembro.

No mês passado, houve déficit primário de R$ 21,3 bilhões, o pior resultado mensal desde o início da série histórica do Tesouro, em 1997, o que contribuiu para aumentar o saldo negativo acumulado.

O secretário interino atribuiu o desempenho negativo à queda nas receitas, impulsionada pela desaceleração da economia.

"É a continuação de tudo que foi dito ao longo do ano. As receitas performaram bem abaixo do esperado, tendo sido parcialmente compensadas por redução nas despesas discricionárias [não-obrigatórias]", informou.

De acordo com dados do Tesouro, de janeiro a novembro as receitas totais arrecadadas registraram queda de 6,6%, descontada a inflação do período. As despesas totais também caíram, mas em menor ritmo, recuando 3,4% descontada a inflação.

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaDéficit públicoeconomia-brasileiraGovernoOrçamento federal

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo