Economia

Governo pode estudar correção maior para tabela do IR

Após reuniões com aliados, governo discutirá uma proposta alternativa à correção da tabela do Imposto de Renda, já que o Congresso pode derrubar veto de Dilma


	Declaração de Imposto de Renda: até agora, a presidente tem insistido que o governo só pode arcar com um reajuste de 4,5%
 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Declaração de Imposto de Renda: até agora, a presidente tem insistido que o governo só pode arcar com um reajuste de 4,5% (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 19h33.

Brasília - Após reuniões com aliados, governo discutirá uma proposta alternativa à correção da tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física, já que é grande o risco do Congresso derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff a um reajuste de 6,5 por cento na tabela, disse nesta quarta-feira o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas.

Até agora, a presidente tem insistido que o governo só pode arcar com um reajuste de 4,5 por cento, mas após ouvir dos líderes aliados que será difícil manter seu veto sem ao menos abrir uma negociação com o Congresso, o governo vai tentar encontrar uma alternativa até o início da próxima semana.

Esse veto presidencial poderá ser analisado em sessão do Congresso a partir da próxima semana e, com a relação entre governo e sua base aliada bastante deteriorada, há temor de que seja derrubado.

O governo também tem interesse em desobstruir a pauta de votações do Congresso (que reúne Câmara e Senado) para aprovar o Orçamento de 2015.     

“Nós precisamos construir as condições para votar a lei orçamentária e para votar é preciso primeiro apreciar os vetos, e o veto que causa apreensão aos parlamentares é do Imposto de Renda”, explicou o ministro a jornalistas no Congresso, depois de se reunir com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).   

“Vamos ver se é possivel construir uma alternativa (à correção de 4,5 por cento)”, disse Vargas. “Ficamos de conversar no início da semana que vem (sobre essa alternativa)”, acrescentou o ministro, que evitou dar qualquer detalhe sobre o que está em discussão. Dilma tem declarado que o governo não tem condições financeiras de corrigir a tabela acima de 4,5 por cento.

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