Visando a sustentabilidade, 300 projetores de LED iluminarão o Cristo, podendo ser acionados via celular ou internet pelo papa Bento XVI (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2012 às 22h01.
Brasília - O presidente da Embratur, Flavio Dino, criticou nesta sexta-feira os valores praticados pelos hoteis no Rio de Janeiro e afirmou que o governo têm "instrumentos coercitivos" para garantir tarifas menores.
"Não há justificativa, ainda que haja lei da oferta e da procura, você aumentar a margem de lucro nesta dimensão porque você afeta a imagem do destino Brasil", afirmou Dino a jornalistas ao chegar para uma reunião sobre a conferência de meio ambiente Rio+20 no Palácio do Planalto.
"Se você praticar preços exorbitantes, você acaba matando a galinha dos ovos de ouro", acrescentou.
O presidente da Embratur afirmou que há hoteis "top" em Londres durante as Olimpíadas, a serem realizadas entre final de julho a meados de agosto, que cobram tarifas mais baratas do que hoteis do mesmo nível no Rio durante a conferência Rio+20.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável será realizada em junho na capital fluminense e a escassez da rede hoteleira carioca tornou praticamente impossível para qualquer pessoa que não seja de uma delegação oficial se hospedar na cidade durante a conferência.
Isso porque o Itamaraty, responsável pela logística da Rio+20, bloqueou 80 por cento dos quartos.
Na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, reconheceu que os elevados preços cobrados pelos hoteis na cidade preocupam o governo.
Membros da Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovaram, também na quinta, o envio de um ofício ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), para que ele negocie a redução das tarifas com a rede hoteleira da cidade ou tente a aprovação de uma lei na Câmara Municipal que permita à prefeitura pagar parte dessas despesas.