Economia

Governo e oposição se unem contra ataque dos mercados em Portugal

Lisboa - O Governo e a oposição de Portugal se aliaram para lutar contra o que ambos consideram "ataque dos mercados" ao país em um momento decisivo, depois que a agência Standard & Poor's rebaixasse dois graus a classificação da República de Portugal de "A+" a "A-". O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, e o […]

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2010 às 10h18.

Lisboa - O Governo e a oposição de Portugal se aliaram para lutar contra o que ambos consideram "ataque dos mercados" ao país em um momento decisivo, depois que a agência Standard & Poor's rebaixasse dois graus a classificação da República de Portugal de "A+" a "A-".

O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, e o líder do Partido Social Democrata (principal formação da oposição), Pedro Passos Coelho, terão hoje uma reunião de emergência na busca de um consenso político nacional.

O ministro da Economia, Fernando Teixeira dos Santos, que se reuniu previamente nesta manhã com Sócrates, declarou que "Portugal está sendo atacado pelos mercados" e classificou este momento de "decisivo".

Teixeira dos Santos reconheceu que é provável que os mercados continuem sofrendo as "turbulências" dos últimos dias com relação à dívida portuguesa. Apontou que a solução está em "avançar em um conjunto de medidas que deem um sinal claro que Portugal está firmemente comprometido na solução mais rápida de seu déficit".

Já o líder da oposição declarou sua disposição a um acordo para que as diferenças entre o Partido Social Democrata e o Governo não sejam um obstáculo na atual situação.

"Temos um dever com os portugueses, neste momento difícil, de ajudar ao Governo e ao país a sobrepor-se a este ataque especulativo, que põe em causa nossa soberania e as condições para que nos próximos anos se possa realizar uma política de reformas estruturais, como Portugal necessita", especificou Passos Coelho.

O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, considerou como "sinal positivo" a atitude do maior partido da oposição e acrescentou que é momento de "unir esforços para que a economia portuguesa possa vencer as dificuldades".

Após as más perspectivas de Standard & Poor's sobre a dívida portuguesa, divulgadas ontem, influenciaram na Bolsa de Lisboa que operava em baixa.

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