Economia

Governo Obama corre para finalizar regras para setor bancário

Trump irá tomar posse em 20 de janeiro e prometeu reescrever as regras do mercado financeiro

Obama: o Fede está trabalhando em regras para gerenciar assuntos como pagamento de executivos (Yuri Gripas/Reuters)

Obama: o Fede está trabalhando em regras para gerenciar assuntos como pagamento de executivos (Yuri Gripas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 09h57.

Washington - Autoridades dos Estados Unidos estão correndo para finalizar uma série de regulamentações para o setor bancário antes que o presidente Barack Obama encerre seu mandato e entregue o poder regulatório nas mãos de Donald Trump, que prometeu reescrever as regras do mercado financeiro.

Trump irá tomar posse em 20 de janeiro e seus companheiros republicanos terão controle do Congresso e de agências do governo, permitindo que a nova administração bloqueie ou reverta muitas da mudanças de último minuto.

Mesmo assim, ao completar o trabalho sobre padrões para o setor bancário nas próximas 10 semanas, autoridades do governo Obama elevariam as chances de que alguns elementos do quadro regulatório sobrevivam.

Algumas regras servirão para dar corpo à lei Dodd-Frank, de 2010, criada para prevenir a próxima crise financeira global.

A campanha de Trump prometeu derrubar a lei, mas agora ele diz que apenas algumas partes deverão ser modificadas para reduzir o fardo regulatório.

O Federal Reserve, banco central norte-americano, está trabalhando em regras para gerenciar assuntos como pagamento de executivos, estabilidade do mercado e quais investimentos poderão ser controlados por Wall Street.

No mês passado, a presidente da SEC, órgão regulador dos mercados de capitais dos EUA, Mary Jo White, disse que a agência irá terminar "no curto prazo" uma regra para um tema difícil, que é como fundos mútuos gerenciam derivativos.

Contudo, com apenas 40 dias úteis até a troca de comando na Casa Branca, não está claro quais regras poderão ser finalizadas.

"Apenas olhe para o calendário", disse Tom Quaadman, da Câmara de Comércio. "Essas são regras intrincadas e não há tempo suficiente."

(Por Patrick Rucker e Lisa Lambert)

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