Economia

Governo não vai flexibilizar prazo de contratos do A-0

Segundo fonte, governo deverá usar um prazo único para contratos a serem disputados no leilão previsto para 25 de abril


	Cabos de transmissão de energia elétrica: pelas regras, contratos de fornecimento teriam prazo de maio de 2014 a dezembro de 2019
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Cabos de transmissão de energia elétrica: pelas regras, contratos de fornecimento teriam prazo de maio de 2014 a dezembro de 2019 (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 18h05.

Brasília - O governo federal deverá usar um prazo único para os contratos de venda de energia a serem disputados no leilão A-0 previsto para 25 de abril, disse à Reuters uma fonte graduada do governo a par do assunto nesta quinta-feira.

Pelas regras do leilão já anunciadas, os contratos de fornecimento teriam prazo de maio de 2014 a dezembro de 2019. No setor, porém, alguns geradores vêm manifestando que não teriam energia para todo esse período e, portanto, preferiam que o leilão tivesse também contratos com prazos intermediários.

Mas, segundo a fonte do governo ouvida pela Reuters, não será possível montar um leilão com prazos variados, principalmente porque não há tempo hábil de organizar esse tipo de modelo dentro do apertado cronograma estabelecido.

Apesar disso, a fonte disse que o governo tem sido procurado por geradores interessados em vender energia no leilão.

O leilão do dia 25 de abril foi anunciado pelo governo em meados de março, como parte do pacote para socorrer as distribuidoras expostas ao elevado preço da energia no mercado de curto prazo.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abriu nesta semana consulta pública com a minuta do edital e deve aprovar a versão definitiva do documento no início da próxima semana.

Outro fator importante para a licitação ser bem sucedida é o preço-teto que será estabelecido para a energia.

Segundo a fonte, os preços (um para a energia das usinas térmicas e outro para as demais fontes) ainda estão sendo calculados.

"O ponto de equilíbrio é encontrar um preço que atraia, com contratos de médio prazo, quem tem energia e está hoje faturando com o preço elevado do mercado de curto prazo", disse a fonte, ressaltando que os preços desse mercado podem cair no futuro próximo.

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