Economia

Governo não faz projeções para aumentar tributos, diz Levy

"Não adianta a gente inventar novos impostos como se fosse salvar a economia brasileira. Não é por aí", explicou o ministro


	Levy disse ainda que disse ainda que a dimensão dos desafios que o governo tem pela frente pode ser exemplificada pelo anúncio do contingenciamento
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Levy disse ainda que disse ainda que a dimensão dos desafios que o governo tem pela frente pode ser exemplificada pelo anúncio do contingenciamento (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2015 às 13h56.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou hoje que não tem feito projeções envolvendo a possibilidade de elevar tributos, como, por exemplo, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) incidente sobre aplicações no mercado financeiro. Segundo ele, é importante o governo agir com calma quando se trata de tributação.

“A gente tem que ir com calma na parte dos impostos. Não adianta a gente inventar novos impostos como se fosse salvar a economia brasileira. Não é por aí. Temos uma coisa mais profunda, que não se resolve com coisas fáceis, por mais emocionantes que possam ser ou atávicas [habituais] que possam ser”, destacou.

Levy disse ainda que disse ainda que a dimensão dos desafios que o governo tem pela frente pode ser exemplificada pelo anúncio do contingenciamento (retenção de gastos), ocorrido na sexta-feira (22) sobre ono valor de R$ 69,9 bilhões. ”O governo cortou na carne com equilíbrio e cautela”, disse o ministro.

De acordo com Levy, o contingenciamento foi feito com muito cuidado, tendo como base uma estratégia do governo. Segundo ele, há uma questão que é estrutural: as condições da economia brasileira mudaram. Um dos focos do governo agora é elevar a produtividade,

Outra questão que preocupa, segundo o ministro da Fazenda, é a arrecadação. Conforme lembrou, a  arrecadação nos último anos tem caído proporcionalmente à participação da receita no Produto Interno Bruto (PIB).

“Como o orçamento prevê receitas e autoriza despesas – acrescentou o ministro – essas [despesas] não estão nem próximas com aquilo que está o previsto. Cortou-se como muita cautela e com muito equilíbrio na medida em que se poderia fazer sem colocar em risco o crescimento econômico. O PIB não está devagar por causa do ajuste, mas a gente está fazendo o ajuste porque o PIB vinha devagar”, concluiu.

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